Loteria do Estado tem prejuízo de até 300 mil por mês



Loteria do Estado tem prejuízo de até 300 mil por mês Ex-diretor diz que há uma baixa comercialização de cartelas, e depoimento de filho de Brizola cria polêmica A Loteria do Estado do Rio Grande do Sul (Lotergs) enfrenta desde o início do ano prejuízos financeiros de até R$ 300 mil mensais, devido à baixa vendagem de bilhetes. A afirmação foi feita pelo ex-diretor da Lotergs Carlos Contursi, em depoimento à CPI da Segurança Pública. Na mesma sessão, o depoimento do atual diretor da Lotergs, José Vicente Brizola, criou confusão na Assembléia Legislativa, obrigando parlamentares de oposição a assumir uma postura defensiva. Contursi disse que a média de produção das cartelas é de aproximadamente 80 mil por mês, mas apenas 9 mil são comercializadas. Além disso, a fraca arrecadação deve-se à ausência de normatização estadual sobre novas modalidades de jogos, como o vídeobingo e o sistema de aposta instantânea. – Os jogos eletrônicos são uma realidade em qualquer parte do mundo. Só aqui persiste essa polêmica. Quem acaba perdendo são as entidades assistenciais, que recebem menos recursos – disse. Convocado a falar sobre as supostas ligações do governo gaúcho com os donos de bingos interessados na regulamentação de várias modalidades de jogos ilícitos, o filho do presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, mostrou uma cópia da sua agenda, desde o dia 21 de fevereiro, e informou que recebeu inclusive um vereador do PDT (partido do relator da CPI, Vieira da Cunha) e um deputado da CPI, Luís Augusto Lara (PTB), para tratar da legislação das loterias. José Vicente admitiu que já recebeu empresários internacionais do ramo dos jogos, mas negou que o governo esteja negociando a legalização dos chamados caça-níqueis. – Tenho obrigação de receber a quem quer que seja, mas nenhuma ilação a mais é válida – afirmou. O vereador Hélio Costa de Oliveira, de Santo Ângelo, reuniu-se com José Vicente no dia 13 de julho. Ele é um ex-colaborador da empresa Juni, responsável pela modalidade de chances múltiplas Mais Fácil. Lara fez contato com o presidente da Lotergs no dia 9 de abril, depois de uma viagem a Buenos Aires, como presidente da Comissão Especial do Mercosul. Nessa viagem, o parlamentar foi questionado sobre a legislação das loterias pelo dono da Lincoln Trade Center, o argentino Raul Orion. – A questão das videoloterias estava sendo estudada e já havia recomendação contrária do Ministério Público – disse José Vicente. – Faço papel de embaixador dos negócios do Rio Grande do Sul, mas não admito que se faça qualquer tipo de insinuação de que intermediei os interesses desse empresário argentino pela videoloteria – disse Lara. Ele chegou a marcar uma nova reunião com José Vicente para junho, mas desmarcou o encontro depois que a CPI foi instalada e começou a investigar o assunto. O governo do Estado publicou um decreto instituindo a modalidade de videoloteria no início do ano, mas recuou depois de uma advertência do Ministério Público de que estava invadindo a competência da União. – Há muitos interesses econômicos que seriam contrariados com a regulamentação desses jogos – afirmou o líder do governo na Assembléia, deputado Ivar Pavan (PT). Para o relator da CPI, as máquinas de caça-níqueis têm servido para a lavagem de dinheiro da máfia italiana. Vieira da Cunha deverá convocar o procurador da República Luiz Francisco de Souza para falar sobre as investigações que já fez sobre as conexões dos jogos ilícitos com o crime organizado. A próxima reunião está marcada para as 10h de quinta-feira. Partidos cortejam políticos descontentes Até 5 de outubro, quando termina o prazo de filiação para candidatos, três vereadores devem trocar de sigla A um mês do prazo final para a filiação de quem pretende concorrer em 2002, os partidos investem na conquista dos descontentes. Na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, pelo menos três parlamentares devem trocar de partido até 5 de outubro. Além de José Fortunati (PT), Pedro Américo Leal (PPB) e Sebastião Melo (PMDB) demonstram insatisfação com as legendas a que pertencem. Fortunati deve anunciar depois do dia 16 de setembro, data da convenção nacional do PT, sua transferência para o PDT. Ontem, o vereador confirmou a renúncia à presidência nacional do partido e foi substituído na disputa pelo deputado federal Ricardo Berzoigni (SP). O paulista conta com apoio do Fórum Socialista Solidário, corrente criada por Fortunati. Na carta de sete linhas enviada ao deputado José Genoíno (SP), presidente em exercício do PT, Fortunati comunicou que se retirava da campanha por causa da “celeuma” criada em torno de sua insatisfação partidária. O vereador, que foi vice-prefeito de Porto Alegre (1997 a 2000), disse que o PT ficou antidemocrático porque as decisões são sempre tomadas por tendências. O passe do vereador da Capital mais votado no último pleito também é cobiçado pelo PPS, pelo PSDB, pelo PTB e pelo PL, além de um sexto partido que Fortunati não identifica e cujos dirigentes mantêm o convite em segredo. Assim como o PDT, o PL sonha em ter Fortunati como candidato a governador e, com ele, chegar ao segundo turno em 2002. A tribuna da Câmara de Vereadores serviu ontem para que Pedro Américo Leal fizesse duras críticas contra o PPB. O vereador foi um dos indicados para concorrer ao Piratini pelo partido, mas a pré-convenção do PPB apontou Fetter Júnior e Celso Bernardi para a prévia. Dada a relevância que o tema da segurança pública ganhou nos últimos anos, Leal, ex-chefe de polícia, considera seu nome uma opção forte para o próximo pleito. Ele não mencionou para qual partido migraria caso ocorra sua saída do PPB. Renúncia foi a medida adotada também por Sebastião Melo. Ele abriu mão da condição de delegado à convenção nacional do PMDB, programada para o próximo domingo. Questionado sobre sua permanência no partido, disse estar se sentindo “como um peixe fora d’água”, mas evitou falar em siglas. O deputado estadual Bernardo de Souza (PPS) confirmou haver conversado com o parlamentar durante um jantar sobre a possibilidade de transferência para o PPS. O vereador está descontente com a provável eleição do deputado federal Michel Temer para o comando nacional do PMDB. Sebastião Mello não é o único a se mostrar desconfortável no PMDB. O ex-governador Antônio Britto e os parlamentares que apoiaram a candidatura de Paulo Odone na disputa pela presidência regional do PMDB vêm sendo assediados por diferentes partidos, desde a vitória de Cézar Schirmer, que teve o apoio do ministro dos Transportes, Eliseu Padilha. – Como não sou candidato, não tenho prazo – diz o ex-governador Antônio Britto (PMDB), um dos nomes cujo futuro político gera maior expectativa. Contrariado com os rumos do PMDB, Britto prevê que a decisão sobre um eventual afastamento só será tomada aos “44 minutos do segundo tempo”. Falando em nome de um grupo de deputados estaduais e federais que inclui o senador José Fogaça, o ex-governador acredita que as definições só deverão começar a ocorrer a partir da convenção do partido: – Ninguém decide sobre o quadro regional sem examinar o nacional. As indefinições se contaminam. Itamar não acredita na união das esquerdas O governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), disse ontem no Rio que, caso fosse eleito presidente, descartaria uma moratória da dívida externa, mas reexaminaria todos os acordos feitos pelo atual governo. Em palestra para empresários, Itamar também afirmou que não acredita na união das esquerdas no primeiro turno da eleições de 2002, o que, segundo ele, é um “grande erro político’’. Itamar negou que já seja candidato, mas, entre críticas ao presidente Fernando Henrique Cardoso, apresentou aos empresários propostas como a auditoria e revisão das privatizações, redução da carga tributária e fim da guerra fiscal entre os Estados. As declarações de Itamar foram semelhantes às feitas no Rio, semana passada, pelo pré-candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva. Lula também disse que, se for eleito, vai rever os acordos do governo FH. Apesar do discurso coincidente, Itamar disse que “duvida que as esquerdas brasileiras se unam no primeiro turno das eleições, no ano que vem’’. Para ele, a desunião é um erro político, que fortalece a candidatura da situação. – É uma loucura as esquerdas acharem que é fraco um governo que controla o câmbio, os juros e que utiliza a máquina do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A cúpula governista do PMDB e os colaboradores mais próximos do presidente Fernando Henrique Cardoso estão certos de que imputarão uma “derrota humilhante” a Itamar Franco na convenção que elegerá o novo comando do partido, no próximo domingo tornando inviável a candidatura dele a presidente da República pela legenda. A cinco dias da convenção nacional da sigla, o Palácio do Planalto comemora o que considera a primeira vitória na corrida presidencial de 2002. Alckmin diz que reestatização não resolve crise energética Proposta defendida por Luiz Inácio Lula da Silva foi criticada pelo governador paulista O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ontem que a reestatização do setor elétrico não resolverá a crise de abastecimento. A proposta foi feita domingo pelo presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em Petrolina (PE). – Acho que não resolve o problema. Na realidade, o que foi privatizado foi a distribuição de energia elétrica e não a geração – afirmou. O governador paulista, que foi o presidente do Programa Estadual de Desestatização, lembra que todas as grandes geradoras ainda são estatais e cita, entre elas, Furnas Centrais Elétricas, Itaipu, Companhia Energética de São Paulo - Paraná e Centrais Elétricas de Minas Gerais. Na avaliação de Alckmin, o governo esgotou a capacidade de investimentos no setor de infra-estrutura energética e de transportes. – Não me parece uma visão realista achar que o governo tem o papel de ser provedor de tudo, tem dinheiro para fazer tudo – ressaltou. O papel do governo, defendeu Alckmin, deve ser o de exercer uma atividade reguladora e fiscalizadora. Ele lembra que as duas geradoras paulistas privatizadas – Cesp-Tietê e Cesp-Paranapanema – têm por exigência contratual a ampliação de 15% da capacidade instalada. Alckmin evitou comentar se a proposta de Lula seria apenas uma discurso interno para agradar a segmentos do partido: – Não sei. Isso é o Lula quem deve dizer. Se vai ter dinheiro para recomprar as empresas e como seria feito, é ele também quem deve explicar. Acho difícil, mas sonhar não é impossível. Lula iniciou ontem uma nova caravana, denominada “O Nordeste quer dignidade”. Prefeitos do PT propõem emendas a Orçamento Administradores municipais do partido se reuniram com a bancada federal ontem em Porto Alegre Representantes das 35 prefeituras do PT no Estado – prefeitos, vices ou secretários municipais – participaram ontem, em Porto Alegre, do primeiro encontro com a bancada federal do partido para discutir emendas ao Orçamento da União para 2002. Hoje à noite, em Brasília, um representante da Secretaria estadual do Planejamento deve iniciar conversações com os deputados gaúchos no Congresso sobre a inclusão de emendas do Estado. O coordenador da bancada petista gaúcha no Congresso, deputado Clóvis Ilgenfritz (PT), mostrou-se otimista, apesar de os cortes no Orçamento anunciados pelo governo federal serem presságios de que a disputa por recursos ficará mais difícil para Estados e municípios governados pela oposição. De acordo com Ilgenfritz, as emendas propostas pelo Estado têm de obter a aprovação de dois terços do conjunto dos parlamentares gaúchos para ser encampadas pelo grupo. – A situação lá tem dois terços menos um, tem de negociar com a nossa bancada se quiser ter suas emendas aprovadas também – disse Ilgenfritz. No final de julho, ajustes feitos entre o governo federal e o Fundo Monetário Internacional (FMI) garantiram um aporte de US$ 15 bilhões aos cofres da União, desde que acompanhados de um aperto maior nas contas públicas deste e do próximo ano. A primeira de seis parcelas do empréstimo, de US$ 4,6 bilhões, estará disponível em 14 de setembro, data da reunião do conselho do FMI que avalizará o acordo. Ao final do encontro dos prefeitos gaúchos do PT, o ex-prefeito da Capital Raul Pont aconselhou os colegas a aumentar a receita própria de seus municípios para enfrentar a escassez de verbas federais. – Se temos condições de ter maioria (nas câmaras municipais), vamos mexer na tributação, aumentar recursos próprios. Vamos secundarizar disputas políticas com a Câmara e investir na participação popular – aconselhou Pont. Ex-gerente afirmou não saber destino dos cheques Tuma ouvirá mais cinco pessoas O ex-gerente do Banpará, Marcílio Guerreiro, disse ontem, em Belém, que não sabia do destino de cinco cheques administrativos que ele assinou e que teriam ido parar nas contas dopresidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA). Guerreiro deu um depoimento de três horas ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), na superintendência da Polícia Federal, em Belém. Guerreiro teria assinado cinco cheques administrativos em 84, do total de 13, que teriam ido parar na conta do Itaú, no Rio, movimentada por Jader, então governador do Pará. Ele disse que assinava os cheques seguindo uma ordem por escrito do então chefe do departamento financeiro do Banpará na época, Jamil Xaud, que não foi localizado. O ex-gerente disse que não se arrepende de ter assinado os cheques, muito embora tenha sido demitido por conta da assinatura desses documentos. – Eu assinava esses cheques como assinava outros quaisquer. O valor atualizado dos cinco cheques é de cerca de R$ 3 milhões. Romeu Tuma vai fica até amanhã em Belém para colher depoimentos dos ex-gerentes do Banpará Fernando Castro Ribeiro, Elieu Faustino e Nelson Ribeiro, além do ex-presidente Hamilton Guedes e do ex-gerente do departamento financeiro do banco Jamil Xaud. O secretário-geral do Senado, Raimundo Carreiro, encaminhou ontem à presidência da Casa um ofício que responsabiliza o presidente licenciado do Congresso pela decisão de engavetar, por mais de três meses, um requerimento de informação ao Banco Central (BC) sobre o caso Banpará. Com base nessa informação, a subcomissão do Conselho de Ética do Senado fundamentará o pedido para a abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra o senador paraense, uma vez que ele agiu em proveito próprio, o que é “abuso das prerrogativas constitucionais”. Jader poderá ser acusado ainda de crime de perjúrio porque, em depoimento à subcomissão no dia 29 de agosto, assegurou de forma categórica, que não engavetou o requerimento na época em que o Senado estava sob o comando dele. De acordo com informações da subcomissão, Jader segurou, de 5 de março a 22 de junho, o pedido para que o BC enviasse as conclusões sobre as inspeções no Banpará. FH reformula lema das exportações Em visita ao Porto de Pecém, presidente afirma que é preciso “exportar para viver” Em visita às obras do Porto de Pecém, a 50 quilômetros de Fortaleza, o presidente Fernando Henrique Cardoso decidiu reformular o lema “exportar ou morrer”, para “exportar para viver”. FH havia lançado o lema durante a posse do ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, no dia 23. – Quero refazer uma frase que disse outro dia – depois eu fui até criticado, aliás, sempre sou – ou exportamos ou morremos. Agora eu quero mudar essa frase: isto aqui é uma forma de exportar para viver. Não vamos mais morrer, vamos viver exportando. A idéia da nova frase foi dada por um dos secretários do governador Tasso Jereissati (PSDB), segundo o próprio presidente, durante o jantar oferecido anteontem na casa do governador. No jantar, foram discutidos apenas assuntos amenos, conforme o senador Lúcio Alcântara (PSDB) e o ministro da Integração Nacional, Ramez Tebet (PMDB). – Foi um jantar de confraternização, em que não se falou em política – afirmou. O jantar e a visita de FH ao Ceará foram uma forma de colocar uma pedra no debate aberto por Tasso sobre sucessão presidencial. Há 15 dias, o governador cearense afirmou que a definição do candidato tucano à Presidência não poderia ser feita “a partir de uma escolha pessoal, do coração, do momento ou da vontade de uma pessoa, do presidente Fernando Henrique Cardoso.” Tasso é pré-candidato, mas FH tem demonstrado mais simpatia pelo ministro da Saúde, José Serra, ou mesmo pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan. Durante a visita às obras, os dois permaneceram o tempo todo juntos, trocando sorrisos e conversando baixo. O tom cordial deu espaço até a brincadeiras. – O presidente pediu para eu fazer um discurso breve porque ele está com fome – disse Tasso. – O Tasso disse que eu estaria com fome, mas quem está é ele – devolveu FH. O presidente – que passou a noite na residência oficial do governo do Estado – convidou Tasso para tomarem café da manhã juntos, com um cardápio de frutas da região – mamão, melão, abacaxi e banana. Em seu discurso, FH chamou Tasso diversas vezes de “amigo”. Tasso, por sua vez, disse que o governo de FH é ético. Foram assinados termos de compromisso para a instalação de uma fábrica de aeromotores na região, de duas usinas de energia eólica, uma termelétrica e uma siderúrgica. No pronunciamento, Tasso revelou que decidiu mudar o nome do Porto do Pecém para Complexo Portuário Mário Covas, em homenagem ao ex-governador de São Paulo morto em março deste ano. – Tenho certeza de que esta é uma homenagem de todos os brasileiros, até porque Mário Covas cresceu e se desenvolveu numa cidade portuária, Santos – afirmou FH. Na solenidade, o que mais chamou atenção dos políticos presentes não foi o discurso de FH, mas a modelo Luma de Oliveira, que acompanhava o marido, Eike Batista. Justiça pede quebra de sigilo de Mão Santinha O procurador da República no Piauí Tranvanvan Feitosa solicitou à Justiça Federal a quebra dos sigilos bancário e fiscal do filho do governador Francisco Moraes Souza Júnior, o “Mão Santinha’’, que trabalha como chefe do Gabinete Civil. Foi também solicitada a quebra dos sigilos dos ex-secretários Antônio Guerra, de Planejamento, e Haroldo Vasconcelos, da Agricultura, e de Paulo Torres, ex-diretor do Programa de Apoio ao Pequeno Produtor (PAPP), acusados de irregularidades. Mão Santinha é suspeito de ter se beneficiado com recursos do programa, que teve seu nome alterado para Programa de Combate à Pobreza Rural e é financiado pelo Banco Mundial. De acordo com o subsecretário de Comunicação Nilson Sá, o pedido do procurador é fruto de uma indisposição pessoal dele com o governador. O procurador nega. Mão Santinha afirmou que o seu sigilo pode ser aberto, pois ele não tem nada a esconder. Os outros envolvidos não foram encontrados. Artigos O legado do apartheid VIRGÍNIA FEIX Estar em Durban, África do Sul, durante a 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância tem me possibilitado refletir e observar o óbvio: as mudanças sociais não se fazem por decreto. Seis anos depois da extinção legal do apartheid, é possível sentir no ar e em cada gesto os resultados de séculos de segregação racial, dominação política, econômica e cultural da minoria branca sobre os donos desta terra. Os jornais, os noticiários e a fala dos moradores brancos daqui refletem pavor, sensação de perda de poder e, conseqüentemente, de referência existencial. As ações afirmativas, visando à compensação do déficit histórico na garantia de direitos econômicos e sociais, como saúde e educação aos negros, soam como ameaça permanente. Perder privilégios se confunde com perder poder. Por outro lado, os altos índices de criminalidade traduzidos, por exemplo, no crescimento do número de assaltos e estupros, são interpretados como ausência de controle do novo governo, sob um velado ressentimento de saque material e moral de uma população em relação a outra. O que se verifica de tudo isso é que a luta pela libertação do povo negro e a construção da democracia na África do Sul está só começando. Há um caminho muito longo a ser percorrido a partir da concepção de um processo histórico, que não ocorre de forma linear e exige muita tolerância. Nesta fase de transição para a democracia, diante da vigência do legado do apartheid, os sul-africanos precisarão exercitar a tolerância, aceitando e entendendo que o “empoderamento” da população negra, depois de tantos séculos de opressão e sofrimento, não ocorrerá de forma idealizada e poderá refletir a lição aprendida sobre administração do poder. O apartheid mental sobrevive e no mundo todo estão presentes os mecanismos que fomentam o racismo estrutural Este exercício de tolerância deverá se refletir, também, quanto à lentidão de resultados que necessariamente irão advir da adoção de políticas públicas reparadoras em todos os níveis de desenvolvimento humano das pessoas negras. O apartheid mental sobrevive e no mundo todo estão presentes os mecanismos que fomentam o racismo estrutural. O controle social exercido pelo sistema penal é um deles. Sabe-se que o complexo industrial prisional é negócio lucrativo em vários países, onde também, e não por casualidade, são as minorias étnicas e as populações marginalizadas que ocupam os cárceres. É preciso desmascarar o racismo igualmente no Brasil. Depois de conhecer nosso Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), no 79º lugar entre 144 nações, somos obrigados a identificar “a cara” da desigualdade em nosso país. O mesmo dado revelado pela ONU foi desmembrado e analisado separadamente quanto às populações branca e negra. Em relação à primeira, o IDH brasileiro fica em 40º lugar (compatível com os países desenvolvidos) e em relação à segunda, cai para 108º. No amanhecer do século 21, a humanidade encontra-se reunida na África do Sul para debater e debelar o racismo e suas conseqüências. Winnie Mandela, ovacionada pela multidão de participantes, conclama num grito de guerra – Amandla! (poder para os negros!) a cada um e em cada esquina do mundo, a estarmos “Unidos para Combater o Racismo. Igualdade, Justiça e Dignidade para todos/as”, slogan desta 3ª Conferência Mundial. A cor da diversidade SAMANTHA BUGLIONE O Brasil está aliviado, finalmente tem uma proposta progressista e sólida para a conferência da ONU em Durban: cotas para negros nas universidades. A UNB já saiu na frente, estampando sorrisos de modernidade. Porém, fica a dúvida: quem é negro? A resposta pode surpreender. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1998, deixou que os entrevistados escolhessem sua “autodefinição”. A idéia era colher subsídios para eventuais mudanças na pesquisa de cores do Censo 2000. As mudanças acabaram descartadas pela simples razão de surgirem mais de 300 respostas diferentes, como por exemplo: “azuis-brancos”, “encardido”, “morenão café-com-leite”, “mulato negro”, “negro claro”, “pouco moreno”, “branco azedo”, “roxinho”, “vermelho”, “misturado” etc. Antes de importarmos, sem pensar, experiências outras, precisamos olhar para a nossa realidade Sem dúvida, a desvalorização e o preconceito em relação aos negros é um dos fatores que contribui para a dificuldade de afirmar-se negro. Mas a questão ainda persiste: quem é negro? É quem parece negro, com cor, nariz e boca ou quem tem sangue negro, mesmo sendo meio “azul-branco”? Infelizmente a diversidade até pouco tempo atrás não era artigo da moda. Ser diferente de determinado modelo de humanidade implica(va) ser menos humano. Felizmente as ações afirmativas (discriminação positiva) tornam-se uma aliada para o cuidado e a valorização da diferença. Vivemos um tempo em que a diferença/diversidade deve ser compreendida como um valor. E por ser um valor não pode, dentro da diferença, esquecer de contemplar a diferença. Ao elegermos cotas especificamente para negros, ignoramos, por exemplo, os índios, que tanto quanto os negros viveram (e vivem) situações de constante preconceito. Ao firmarmos cotas exclusivas para os negros em universidades, sem enfrentarmos o problema da concentração de renda no Brasil, agente determinante dos altos índices de pobreza, desconsideramos que a discriminação age de forma “interdisciplinar”. Porque se o público das universidades não soma mais de 5% de negros, certamente não ultrapassa o mesmo índice de pobres abaixo da classe “C”. Qual é, afinal, a tonalidade e necessidade do povo brasileiro? Principalmente daqueles que merecem, urgentemente, a compensação de anos de exploração, discriminação e preconceito? Que merecem o reconhecimento do valor que sempre tiveram? O importante é que, antes de importarmos, sem pensar, experiências outras, precisamos olhar para a nossa realidade. É preciso olhar para os/as brasileiros/as e suas várias tonalidades, vulnerabilidades e modos de exclusão. Porque é só contemplar a diversidade na sua totalidade para a diferença deixar de ser fator de desigualdade. Colunistas JOSÉ BARRIONUEVO – PÁGINA 10 Uma proposta fora de hora Causou mal-estar na Câmara de Porto Alegre ontem a idéia da vereadora Helena Bonomá de propor a entrega do prêmio de direitos humanos Herbert de Souza ao secretário estadual da Segurança, José Paulo Bisol. Um dia depois de um tenente da Brigada Militar matar com um tiro um menino de 16 anos em São Leopoldo, a proposta da vereadora petista ficou fora de contexto. As bancadas de oposição não precisavam de nada melhor para atacar o PT. O porta-voz, é claro, foi Pedro Américo Leal (PPB), que na tribuna despejou ataques à proposta de Bonumá: – Não estou falando do desembargador, juiz, professor, ex-senador e cidadão Bisol. Me refiro ao secretário de Segurança, que nada entende de segurança pública, culpa do governador Olívio Dutra, que o mantém. Luma ofusca FH A visita do presidente Fernando Henrique Cardoso às obras do Porto de Pecém, a 50 quilômetros de Fortaleza, foi ofuscada ontem pela bela Luma de Oliveira. Com um vestido amarelo curto e decotado, a modelo desviou os olhares de políticos e autoridades, que sofreram para conseguir prestar atenção nos discursos. Na chegada, o vento da praia de Pecém levantou o vestido de Luma. Depois disso, ela preferiu ficar dentro de um dos prédios em vez de visitar a plataforma de descarga de navios, onde o vento estava ainda mais forte. Luma acompanhava o marido, Eike Batista, presidente da empresa MPX, principal investidora da Termo Ceará, termelétrica que será instalada próxima ao Porto de Pecém. Nem te ligo O mundo cai sobre a cabeça de Paulo Maluf e o ex-prefeito de São Paulo finge que não é com ele. Em meio à avalanche de denúncias, ele comemorou seus 70 anos ontem num clima de “nem te ligo”. Até o lutador de boxe Maguila foi à festança na Avenida Europa, nos Jardins, região nobre da Capital econômica do país. Teve até bandinha. Fortunati capitaliza boatos A boataria dentro e fora do PT tem favorecido o vereador José Fortunati (PT). Na primeira semana, os comentários eram de que ele apenas era convidado a trocar de partido. Na segunda semana, passou a ser candidato ao Senado caso ingressasse no PDT. Ontem, iniciando a terceira semana, surgiam manifestações de que o vereador disputaria o governo do Estado. Conclusão do próprio Fortunati: – Se eu esperar mais uma semana para tomar minha decisão serei cotado para disputar a Presidência da República. Troca de gentilezas O ex-governador Antônio Britto (PMDB) agradece, mas rechaça as insistentes tentativas do ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, em lançá-lo candidado ao governo do Estado. Para ele, Padilha foi um dos grandes incentivadores do grupo ao qual pertence o senador Jader Barbalho, que Britto batizou de “clube”. Quem dá mais Está um verdadeiro leilão a busca por políticos bons de voto. A partir de amanhã faltarão exatos 30 dias para se esgotar o prazo para as refiliações, o que coloca os partidos em prontidão. O assédio a José Fortunati foi só o começo de um corre-corre que vai até o último minuto do dia 5 de outubro. Mais detalhes na reportagem de Poti Silveira Campos, na página 6. O cálice de Sebastião O vereador Sebastião Melo está entre os descontentes que trataram de pular fora da sigla à qual pertenciam. Mas antes deixou para a História uma frase de efeito para marcar a despedida ao anunciar que abre mão da função de delegado na convenção nacional do PMDB, no próximo domingo: – Afastem de mim esse cálice, não comparecerei a esse banquete. Tudo ou nada Tanto o deputado federal Fetter Júnior quanto o presidente licenciado do PPB, Celso Bernardi, rebatem avaliação da Página 10 de que o derrotado nas prévias do partido poderá virar o candidato a vice-governador na chapa do vencedor da disputa interna. Fetter garante que se não for o escolhido parte imediatamente para campanha a deputado federal. Já Bernardi jura que, se for o derrotado nas prévias do dia 23, no dia seguinte reassume o cargo de presidente do PPB e parte para as negociações das alianças. O tempo dirá. Marta desagrada A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), tem melhorado sua imagem pública, mas continua com um alto grau de rejeição à sua administração. Pesquisas mostram que 35% dos paulistanos estão descontentes com a atual administração, 20% consideram boa e 42% regular, segundo o instituto Datafolha. Pingos nos is O presidente do PMDB gaúcho, Cézar Schirmer, anda irritado com versões publicadas na imprensa nacional sobre a posição do partido no Rio Grande do Sul. Esclarece: – Defendemos candidatura própria à Presidência da República, realização de eleições prévias para escolha do candidato e, se aprovada a tese da candidatura própria, entrega imediata dos cargos que temos hoje no governo Fernando Henrique Cardoso. Agradeço a manifestação do ministro Padilha, mas ele realmente teria me ajudado se não tivesse sido o fundador e o dirigente do clube que desgraçou a imagem nacional do PMDB Antônio Britto, ex-governador do Estado ROSANE DE OLIVEIRA Assédio eleitoral Está aberta a temporada de caça ao político insatisfeito com o tratamento recebido no seu partido e às celebridades sem carteirinha que queiram concorrer a algum cargo em 2002. Não se exige atestado de identificação com o programa partidário, nem compromisso com as idéias do partido que convida. É sempre assim um ano antes da eleição, prazo que a frouxa lei brasileira exige de filiação ou domicílio eleitoral para quem deseja concorrer. O fato de seis partidos disputarem o passe do vereador José Fortunati é um termômetro da falta de preocupação dos partidos com a identidade ideológica. Vá lá que os programas sejam elásticos, mas ver o PDT, o PL, o PPS, o PSDB, o PTB e o PL brigando pelo campeão de votos do PT é um indício de anomalia. Fortunati é um sujeito afável, que se queimou no PT pela cordialidade de suas relações com o que se convencionou chamar de direita, mas a filiação partidária deveria pressupor afinidade. Fortunati não é um caso isolado. Isolado no PMDB, o governador de Minas, Itamar Franco, é cortejado pelo PDT, pelo PPS e por outras siglas menos votadas. Quando saiu do PDT, o governador do Rio, Anthony Garotinho, foi convidado a ingressar no PSDB, no PPS, no PSB, no PMDB e no PFL. Optou pelo PSB mais pelas conveniências regionais do que por convicção ideológica. Na temporada de caça aos bons de voto, é alta a cotação dos descontentes do PMDB, que não se alinham com o grupo que hoje detém o comando nacional. O ex-governador Antônio Britto foi assediado pelos presidentes nacionais do PPS, Roberto Freire, e do PSDB, José Aníbal, e teve longas conversas com o principal líder do PTB no Estado, o deputado Sérgio Zambiasi. Britto diz que, como não é candidato, não precisa decidir até 5 de outubro. Como seus aliados são candidatos, e precisam de um partido para concorrer, a declaração pode ser interpretada como um sinal de que Britto já decidiu permanecer no PMDB. Políticos que integraram a aliança de Britto em 1998 avaliam que se existe alguma hipótese de o ex-governador ceder às pressões e concorrer ao Palácio Piratini é melhor que o faça pelo PMDB. Filiado ao PTB ou ao PPS, não teria num eventual segundo turno contra o PT o apoio dos antigos companheiros do PMDB, que passariam a considerá-lo um desertor. Editorial Escalada alarmante Os cidadãos deste país vivem hoje sob a brutal pressão da insegurança econômica, da insegurança social e da insegurança pessoal e patrimonial. Não é diverso no Rio Grande. Ainda mal refeita do trauma provocado pelo cruel assassinato do jovem tenista Thomás Engel em São Leopoldo, a sociedade gaúcha toma finalmente contato com dados oficiais que retratam uma impressionante escalada da criminalidade em nosso Estado. Estatísticas da Secretaria da Justiça e da Segurança revelam que, nos sete primeiros meses de 2001, em comparação com idêntico período do ano passado, o número de homicídios apresentou um crescimento de 31,7%, o de seqüestros relâmpagos, 74,3%, o de assaltos a bancos, 50,5%, e o de roubo de celulares, 274,8%. Estamos diante de cifras assustadoras, mesmo porque cada uma das milhares de transgressões, em especial os crimes contra a pessoa, é indissociável de tragédias insuperáveis, da desagregação de grupos familiares e freqüentemente de cicatrizes que marcarão permanentemente a vida de seres humanos. Mesmo que a violência seja um fenômeno nacional, o aumento atemorizante da delinqüência no Rio Grande denota falhas clamorosas de quantos detêm, entre nós, parcela de responsabilidade pela proteção dos cidadãos e a preservação da ordem pública. Falta, visivelmente, uma orientação mais ponderada e judiciosa, que possibilite aos agentes da lei atuar sem as vacilações que levam a trágicos equívocos que terminam por vitimar inocentes. É imperativa a necessidade de que a cultura da violência ceda lugar entre nós à cultura da paz Há, evidentemente, fatores estruturais que contribuem em não pequena parcela para gerar condições propícias ao afloramento de uma cultura da violência. Há mais de 60 anos, romancistas como Cyro Martins, este com o seu notável ciclo do gaúcho a pé, registravam o rompimento de raízes seculares com a expulsão do homem do campo de seu ambiente, condenado assim à miséria e à desadaptação nas periferias urbanas. Esse processo de êxodo, que se agigantou no início da década de 50, e que marca a acentuada favelização da Capital e logo a seguir da Região Metropolitana, foi também extensamente analisado por sociólogos de nomeada. Mas se esse cenário concorre para a marginalização de amplas camadas da população, sentenciadas a viver em situações subumanas, reféns da fome, da doença, da promiscuidade e da desesperança, quadro este sensivelmente agravado em tempos de crise econômica, não se pode atribuir exclusivamente a ele as manifestações já nem tão episódicas de barbárie que aqui se verificam. Decorre daí a imperativa necessidade de que a cultura da violência ceda lugar a uma cultura da paz. É óbvio que isso importa profundíssima mudança de mentalidade. De qualquer sorte, um passo importante em tal sentido seria o fim do corporativismo, da impunidade e do acobertamento de transgressores no âmbito policial-militar, para que os cidadãos voltem a confiar na força pública. Tempos de incerteza À medida que se confirma a brusca desaceleração na economia mundial, tanto países ricos quanto em desenvolvimento tentam entender qual é o risco de se confirmar a primeira recessão global do século 21. Em tempos de incerteza, o único fato evidente até agora é a impressionante capacidade de generalização da crise, mais intensa do que em 1975, 1982 e 1991. Como ressaltou a conceituada publicação inglesa The Economist, “do Japão a Taiwan, ao México e ao Brasil, é crescente o número de países em que o PIB começa a encolher”. Falta apenas a definição sobre até onde e por quanto tempo a economia norte-americana continuará se contraindo para se avaliar com clareza o risco de uma recessão também no Brasil – que precisa ser afastado. Em períodos de turbulência econômica planetária, os prejuízos atingem indistintamente países ricos e pobres. Economias em desenvolvimento, porém, tendem a absorver o impacto negativo mais rapidamente e demoram mais para superar as seqüelas. Além de se basearem de maneira geral em indicadores pouco confiáveis e de serem mais dependentes do mundo desenvolvido para vender mais ou para financiarem seus déficits, países nessa situação contam com frágeis sistemas de proteção na área social. O Brasil, particularmente, fez o ajuste fiscal e costuma reagir a pessimismos, mas precisa estar atento à necessidade de medidas adicionais. A proximidade com a Argentina e o racionamento de energia exigem um gerenciamento eficaz para que se possa, no mínimo, conter a possibilidade de retrocesso. O país fez o ajuste fiscal e costuma reagir a pessimismos, mas precisa estar atento à necessidade de medidas adicionais Nem mesmo receituários clássicos como a ênfase às exportações vem conseguindo livrar economias mais estáveis do risco de recessão no momento. Com exceção da China, todo o Leste Asiático se debate hoje contra perigosos níveis de retração. Dependentes em excesso das exportações de bens de capital, particularmente na área de tecnologia da informação, países como a Coréia do Sul chegaram a elevar suas vendas do equivalente a 30% do PIB em 1996 para 45%. A euforia registrada antes de o mercado ruir fez com que descuidassem de reformas estruturais básicas, o que contribui agora para potencializar o problema. Ao mesmo tempo, deixa claro que não há receitas universais para se assegurar prosperidade a países com economias tão diferenciadas como os asiáticos e os latino-americanos. Mesmo dependente em excesso de capitais externos para financiar o déficit do setor público e com os resultados inexplicavelmente modestos de sua balança comercial, o Brasil pode perfeitamente escapar da recessão se mostrar determinação suficiente. É importante, por isso, que o setor público entre em ação aprofundando reformas e favorecendo áreas do setor privado que costumam reagir mais rapidamente a estímulos oficiais adequados. Topo da página

09/04/2001


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