LOYOLA E FOGAÇA COBRAM MEDIDAS DE CONTROLE À FEBRE AFTOSA NO PAÍS



O surgimento de focos de febre aftosa no município de Jóia, no Rio Grande do Sul, despertou a preocupação de integrantes da bancada sulista no Senado. Para o senador Henrique Loyola (PMDB-SC), o problema é sério e demanda um programa nacional de combate à doença. Já o senador José Fogaça (PMDB-RS) acredita que a situação está sob controle e não vai prejudicar as exportações de carne bovina do estado.
As características da criação de gado em Santa Catarina, segundo Loyola, garantem um maior controle sanitário e diminuem os riscos de contaminação pela aftosa. Além de organizar a atividade em cooperativas, os criadores lidam com rebanhos reduzidos e vendem sua produção para grandes frigoríficos. "Esse sistema gera uma fiscalização mais exigente e permanente sobre a qualidade da carne", afirma.
Convicto de que a febre aftosa está erradicada das pastagens gaúchas, o senador Fogaça sustenta que os casos identificados em Jóia são isolados e já foram objeto de providências da Secretaria Estadual de Agricultura. De qualquer forma, reivindica a adoção de medidas rígidas, incluindo até o fechamento das fronteiras a animais de outras regiões, para garantir a posição do Estado como maior exportador brasileiro de carne bovina.
Tanto o Rio Grande do Sul como Santa Catarina foram os primeiros estados a obter o certificado de sanidade animal, em 1998. Diante da desconfiança dos compradores estrangeiros sobre a situação de saúde dos bovinos brasileiros, o Ministério da Agricultura está convocando os pecuaristas a intensificarem os cuidados com a vacinação e o transporte dos animais, o único caminho para manter a doença afastada do rebanho.

30/08/2000

Agência Senado


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