Europeus pedem maior rigor no controle da febre aftosa
Durante a reunião da Comissão de Agricultura realizada ontem em Santa Maria, presidida pelo deputado Mário Bernd (PMDB), o presidente da Comissão, deputado Frederico Antunes (PPB), fez um relato por telefone sobre os resultados de sua viagem a Paris, onde participou de uma reunião da Organização Internacional de Epizootias. Para Frederico Antunes, que é presidente da Comissão de Agricultura, a ida da comitiva gaúcha foi extremamente positiva, porque possibilitou aos representantes do governo gaúcho, aos parlamentares e aos empresários, uma visão real de como a questão da aftosa é tratada pelos países desenvolvidos, e pelos mecanismos internacionais.
Os europeus manifestaram a necessidade de haver maior responsabilidade e rigor dos demais países nas ações de proteção e controle da doença. Para ele, o fato da comitiva brasileira ter sido a única a ser recebida em audiência reservada pelo presidente da OIE serviu para aumentar as garantias, e as responsabilidades de todos os envolvidos neste processo. "Se fomos lá para obtermos respostas para nossas dúvidas e interrogações ouvimos o que queríamos. Temos que unir esforços para a adoção de medidas corretas e eficazes, visando obter, dentro das normas e regras estabelecidas, nosso certificado de zona livre de aftosa com vacinação até setembro", destacou o deputado.
O presidente da OIE, Romano Marabelli, sugeriu união dos países da América do Sul com o objetivo de encontrarem soluções comuns, não envolvendo aspectos políticos, e sim, considerar os avanços técnicos para que, em comum acordo, possam erradicar a aftosa o mais breve possível.
Para Frederico Antunes os produtores, as entidades de classe, o Governo e os parlamentares devem assumir suas responsabilidades com muita seriedade, pois todos querem atingir o mesmo objetivo. Antunes chama atenção para as vacinas que precisam ser aplicadas de forma correta, visando garantir a proteção do rebanho. As indenizações, segundo ele, deverão ser pagas com intermediação do governo Federal e Estadual, com o apoio das entidades e do Legislativo, para não prejudicar os produtores. "Pelo que podemos observar das orientações técnicas do Ministério, o abate sanitário do rebanho em contato com os animais infectados, é inevitável".
Caso não haja liberação de recursos, sejam eles do Fesa/ Fefa ou do próprio Ministério da Agricultura, para reposição das perdas com o abate dos animais infectados, os prejuízos para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, serão incalculáveis. "Esse é o momento de praticarmos ações conjuntas para cumprirmos as determinações previstas pelas normas internacionais, visando a erradicação da febre aftosa. Caso contrário, não conseguiremos obter até setembro, quando acontece a segunda reunião anual da OIE, nosso certificado", explica Antunes.
06/01/2001
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