Lúcia Vânia lamenta baixo desempenho de estudantes brasileiros



Não se pode pensar em um projeto de desenvolvimento para o país sem pensar em um projeto de educação que envolva todos os níveis, da pré-escola à universidade. A opinião é da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), que lamentou, durante discurso no Plenário, os números divulgados esta semana sobre o desempenho dos estudantes brasileiros no ranking mundial de educação elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em uma lista de 57 países, os estudantes brasileiros ocuparam as últimas posições em Matemática, Ciências e leitura, ficando à frente apenas de países como Cazaquistão, Catar e Tunísia. Lúcia Vânia comentou que será muito difícil o Brasil cumprir as metas de educação para 2015, estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

- De que adiantou o Presidente da República lançar programas e garantir orçamento para a inclusão de estudantes nas universidades, se os ensinos fundamental e médio foram relegados a segundo, terceiro plano, até sucumbir a esses números? - questionou.

A senadora informou que 20% do total de alunos fora da escola na América Latina são brasileiros e que no país existem 15 milhões de analfabetos e o índice de repetição escolar chega a 27%. Em contraponto, a Coréia do Sul, um dos países mais bem colocados na lista, "investiu pesado em educação e capacitação tecnológica, acreditando que somente assim seria possível atingir os patamares mais altos da economia mundial".

A senadora criticou ainda uma declaração do ministro da Educação, Fernando Haddad, dizendo que Brasil pode esperar entre 15 e 30 anos para colher os frutos dos investimentos em educação, a exemplo do que ocorreu, no passado, em países como China e Irlanda.

- Numa economia global como a que vivemos hoje, a competitividade não permite mais que se espere tanto tempo por resultados - frisou.

Pacto nacional

Em aparte ao discurso de Lúcia Vânia, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) sugeriu a criação de um pacto nacional em defesa da educação, idéia que foi elogiada pela senadora. Lamentaram ainda os baixos índices do Brasil no ranking, os senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Cristovam Buarque (PDT-DF).

Já Patrícia Saboya (PDT-CE) citou o caso da menor de idade presa numa cela com homens no Pará como exemplo de situação gerada pela falta de investimentos em educação. Os senadores Romeu Tuma (PTB-SP) e Mário Couto (PSDB-PA) anunciaram que apresentarão requerimento ao Ministério Público pedindo que se investigue se formam tomadas providências a respeito da prisão da adolescente.



06/12/2007

Agência Senado


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