Lúcia Vânia sugere medidas para combater o tráfico de drogas



A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) sugeriu nesta quinta-feira (29) medidas para combate às drogas e relatou o aumento do consumo do crack em Goiás. Para a parlamentar, o problema das drogas não é só da polícia, exigindo uma "ação integrada entre segurança, saúde, políticas antidrogas, governo federal, gestores estaduais e municipais, ministério público e sociedade".

Para Lúcia Vânia, é preciso "separar a política de combate às drogas em prevenção, tratamento, reabilitação e repressão". Também disse ser imprescindível "difundir uma campanha publicitária sobre os perigos que as drogas representam", com ênfase no público em idade escolar.

- São medidas que podem se tornar essenciais para não deixarmos nossos jovens se perderem no mundo da droga e da marginalidade - afirmou a parlamentar.

A parlamentar lamentou que os dependentes químicos, antes restritos à capital goiana, agora se espalham por outros municípios do estado. Nos hospitais especializados do estado, triplicou o número de pacientes dependentes de crack nos últimos três anos, informou. De acordo com a Polícia Civil de Goiás, sete em cada dez prisões efetuadas na capital estão relacionadas com o tráfico de crack.

A senadora lembrou que até amanhã (30) acontece no Rio de Janeiro uma Conferência Interna de Repressão às Drogas entre a Polícia Federal e a Agência Anti-Drogas dos Estados Unidos da América.

A senadora informou que o italiano Antonio Costa, diretor do escritório da ONU para o enfrentamento das drogas e prevenção ao crime e ao terrorismo, declarou recentemente que, durante a crise econômica mundial, milhões e milhões de dólares provenientes do mercado ilegal de drogas circularam pelo sistema financeiro. Segundo Costa, "os proventos da criminalidade internacional foram para os bancos, em muitos momentos, o único capital de investimento líquido em papel-moeda disponível".

Segundo ela, o especialista afirmou ainda que, depois da quebra do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008, o mercado interbancário pelo qual as instituições se abastecem reciprocamente foi drasticamente reduzido. "Aí entraram os 300 bilhões de dólares, justamente o dinheiro movimentado pela droga", teria dito Costa.



29/04/2010

Agência Senado


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