Lúcio Alcântara destaca papel do Senado em defesa da democracia



Ao comemorar 111 anos de existência, o Senado Federal se firma e sobressai, segundo o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), como "sustentáculo da democracia e do processo político nacional". Em seu discurso em homenagem à data, destacou a permanente e vigilante atuação da instituição brasileira mais antiga no controle dos atos do Poder Executivo, perseguindo sempre a construção de um modelo de democracia baseado nos princípios de justiça e eqüidade.

- Vemos nesta cerimônia a oportunidade de refletir sobre o papel do Senado na vida nacional - declarou Alcântara, sem esquecer da importância de se avaliar, também, a imagem que o povo brasileiro tem da instituição.

Na opinião do representante cearense, o Senado Federal vive hoje um momento de rara afirmação, pois, pela primeira vez no período republicano, está mergulhado em um regime democrático que não sofre contestação.

- O que se vê é o enfrentamento de grandes questões de desenvolvimento social - observou.

Apesar de vivenciar um período de plenas liberdades, o Senado brasileiro experimentou, ao longo de sua existência, momentos de cerceamento de suas atividades, conforme registrou Lúcio Alcântara.

- Fechado na proclamação da República, levou dois anos para reabrir, tendo suas portas fechadas e vozes caladas pelo arbítrio de quem teme a democracia em diversos outros momentos da história nacional - acrescentou.

Mesmo nas décadas de turbulência política e repressão, Lúcio Alcântara observou que o Senado nunca interrompeu os debates sobre as grandes questões nacionais. E lembrou dos embates parlamentares travados entre o baiano Rui Barbosa e o gaúcho Pinheiro Machado, na época da República Velha (1889 a 1930), bem como daqueles entre o senador Jarbas Passarinho, pela situação, e os senadores Paulo Brossard, Franco Montoro e Marcos Freire, pela oposição, durante o regime militar (1964 a 1985).

No momento em que relembrou políticos de expressão da Câmara Alta, o senador tucano fez um "complemento histórico" à trajetória política do senador paulista Auro de Moura Andrade. Para Alcântara, o parlamentar não pode ser lembrado apenas por haver declarado, quando presidente do Senado, a vacância da Presidência da República, em 1964, enquanto João Goulart ainda ocupava o cargo e estava no Brasil, ou por exortar os militares a tomarem as rédeas do governo.

- No seu comportamento político, Auro insurgiu-se contra os excessos e a atitude autoritária do governo militar - declarou.



12/06/2002

Agência Senado


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