Lúcio Alcântara elogia trabalho da APAE



Ao estimar que cerca de 17 milhões de brasileiros - praticamente 10% da população - sofrem de alguma forma de deficiência física ou mental, o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) destacou o trabalho desenvolvido pelas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) como instrumentos de defesa e de conquista dos direitos fundamentais dos portadores de deficiência.

Fundadas em 1954, as Apaes, hoje, estão presentes em grande parte dos municípios brasileiros, fazendo o atendimento educacional especializado a mais de 230 mil alunos e desenvolvendo um trabalho que vai desde a estimulação precoce até o atendimento à terceira idade. Segundo informou o senador, são, no total, 1.800 escolas e entidades ligadas à instituição que funcionam em 21 estados e mais 202 delegacias regionais.

As Apaes, orientadas pela Federação Nacional das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Fenapae), reúnem, diretamente, um contingente de mais de quatro milhões de voluntários, entre pais e amigos, e, indiretamente, envolvem mais de 40 milhões de pessoas com o trabalho junto aos deficientes.

De acordo com dados do senador Alcântara, as Apaes realizam ações nas áreas da educação, saúde, assistência social e jurídica, congressos, cursos, seminários, olimpíadas, festivais de arte, concurso de cartazes, escolarização, educação profissional, projetos de informática, prevenção de deficiências, capacitação de profissionais nas áreas pedagógicas, administrativas e de saúde, bem como outras ações definidas conforme a demanda a realidade de cada escola, em cada município.

Lúcio Alcântara afirmou que, nos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso, jamais faltou apoio às iniciativas da Apae. Citou como exemplo a ação do Ministério do Trabalho, que disponibilizou recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Fat) para apoiar o Projeto de Formadores em Educação Profissional. Iniciado em 1997, esse programa já qualificou aproximadamente 28 mil profissionais, segundo informou.

A Fenapae pretende implementar, até o final do próximo ano, em todas as escolas, etapas de preparação para o trabalho, qualificação profissional e colocação da pessoa portadora de deficiência no mundo do trabalho. Já a Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoas Portadora de Deficiência (Corde), órgão do Ministério da Justiça, realizou, no final do ano passado, curso de capacitação dos coordenadores jurídicos.

Alcântara chamou a atenção para o Projeto de Informática na Educação Especial (Proinesp), idealizado pela Secretaria de Educação Especial, que instalou 101 laboratórios de informática em Apaes em todo o país, capacitando 580 professores para ensinar 15 mil alunos.

É também interessante observar, segundo o senador Lúcio Alcântara, a progressão no número de pessoas portadoras de deficiência beneficiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS): segundo o Ministério da Previdência e Assistência Social, em 1996 elas foram 304 mil; em 1997, esse número saltou para 557 mil; em 1998, chegou aos 641 mil; em 1999, 720 mil; em 2000, 807 mil; e, no ano passado, 900 mil pessoas.

O senador afirmou que o Brasil será um país melhor se forem asseguradas as condições para garantir os direitos e a cidadania das pessoas portadoras de deficiência.




06/11/2002

Agência Senado


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