Lúdio Coelho acredita que Lula vai ter todo o apoio de que precisa para implantar grandes reformas
O senador Lúdio Coelho (PSDB-MS) disse nesta sexta-feira (29), em Plenário, que o futuro governo de Luis Inácio Lula da Silva terá todo o apoio da sociedade brasileira para implantar as grandes reformas de que o país necessita. O senador disse não se lembrar, em toda a sua trajetória na vida pública, haver presenciado um cenário de tanta expectativa positiva em relação a um novo governo.
- Nunca vi expectativas tão positivas, vindas das famílias brasileiras - afirmou Lúdio Coelho em seu pronunciamento.
O momento, para o senador, é extremamente adequado para que o Brasil promova uma urgente reforma de todo o poder público, de modo a aprimorá-lo, tanto no que se refere ao Executivo, quanto ao Legislativo e ao Judiciário.
Outro fato que vem chamando a atenção de todo o mundo, segundo Lúdio Coelho, é a mudança, sem radicalismo, de um governo capitalista e liberal, como o atual, para o de um líder trabalhador, -tudo dentro da maior concórdia-. Ele disse que o exemplo brasileiro é, inclusive, mais marcante que o da Polônia, quando o líder operário Lech Walesa assumiu a direção daquele país.
Segundo Lúdio Coelho, as declarações e sinalizações feitas por prováveis futuros ministros de Lula, vêm deixando uma boa impressão em toda a sociedade. -Estou esperançoso. Se houver persistência na linha de comportamento apresentada até agora, de respeito aos contratos assumidos pelo país e de busca da estabilidade econômica, creio que estaremos num caminho correto-, afirmou.
Em aparte ao pronunciamento de Lúdio Coelho, o senador Tião Viana (PT-AC) elogiou a análise feita do quadro atual, destacando, contudo, as enormes dificuldades que serão herdadas pelo próximo governo, como uma dívida pública extremamente elevada, um potencial agrícola não desenvolvido e 12 milhões de desempregados, além de profundas diferenças acumuladas ao longo de 500 anos.
Lúdio Coelho disse, ainda, ao encerrar seu pronunciamento, não ter dúvidas de que, dentro de três a cinco anos, os países desenvolvidos terão de renegociar as dívidas de países em desenvolvimento como o Brasil, Turquia, Argentina e Rússia, pois é interesse dos próprios países desenvolvidos impulsionar o desenvolvimento dos devedores, para que eles tenham condições, inclusive, de consumir os produtos oferecidos pelos países credores no mercado internacional.
29/11/2002
Agência Senado
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