LUIZ ESTEVÃO VÊ NA EDUCAÇÃO SAÍDA PARA O DESEMPREGO



Para o senador Luiz Estevão (PMDB-DF), "a frente decisiva da guerra por melhores condições de vida e trabalho para a população brasileira, agora e sempre, é a frente da educação". O parlamentar afirmou que a "nova palavra-chave é empregabilidade", definida por especialistas em recursos humanos como "capacidade de assumir e desempenhar tarefas sempre novas, de compor e motivar equipes e de aperfeiçoar-se e atualizar-se permanentemente".- Resumindo, para manter-se "empregável", o trabalhador, em qualquer área e de qualquer nível, precisa se transformar em um empreendedor. Tudo bem, mas eu pergunto: qual a empregabilidade possível para um trabalhador brasileiro que possui, em média, 3,8 anos de escola, contra 8,7 anos dos seus colegas argentinos, ou 11 anos dos sul-coreanos? - disse o parlamentar.Luiz Estevão observou que sobram vagas para profissionais qualificados em tecnologia da informação no Brasil e no mundo. Exemplificou com o fato de que, no Brasil, os trabalhadores que têm entre nove e 11 anos de escolaridade aumentaram sua participação no mercado de trabalho de 22%, em 1994, para 27%, em 1998.Neste sentido, o senador lembrou que recentemente apresentou projeto de lei permitindo ao trabalhador utilizar o seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para pagar o crédito educativo. Segundo ele, a aprovação do projeto "possibilitará acesso ampliado a esse benefício, permitindo a um número cada vez maior de pessoas preencher a mais urgente e crucial das exigências da vida moderna: investir na própria formação profissional".O capitalismo, disse Luiz Estevão, gerou empregos em suas duas ondas, dominada a primeira pela máquina a vapor e a segunda pelo motor a explosão e a eletricidade. Mas na terceira onda, "caracterizada pela telemática, a robótica e a biotecnologia", a tecnologia possibilitou que a produção possa "crescer indefinidamente gerando cada vez menos empregos".O senador ressaltou que o desemprego e o subemprego privam 12 milhões de brasileiros dos pressupostos mínimos para exercício da cidadania e até mesmo para o sustento de suas famílias. Enquanto a taxa de desemprego brasileira - que, ressalvou, considera ocupados os subempregados -, de 7,5%, já oscila entre os 7,5% da Inglaterra e os 12% da França ou da Alemanha, o país não tem um estado que ofereça à população uma rede de proteção aos moldes dos welfare estate dos países desenvolvidos.

29/04/1999

Agência Senado


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