Lula anuncia fábrica de antirretrovirais na África e recebe homenagem da ONU por luta contra HIV



Na cerimônia que marcou o Dia Mundial de Combate à Aids, nesta quarta-feira (1º), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a construção da fábrica de antirretrovirais em Moçambique vai ajudar países africanos a combater a doença. Segundo Lula, as máquinas já foram compradas e o Brasil vai colaborar, também, no treinamento de pessoal. 

“Até o fim de 2011, a fábrica vai produzir mais de 250 milhões de comprimidos”, disse. “O combate à Aids é, ao lado do combate à fome e à miséria, a solução para o nascimento dessa nova África”, completou. 

Na ocasião, o presidente Lula foi homenageado pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o Prêmio Unaids de Liderança, por sua atuação na formulação de políticas públicas de prevenção e tratamento ao HIV. Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, Lula é "um líder que ajudou a mudar vidas ao redor do mundo devido a sua 'ação ousada' no combate ao vírus." 

A entrega da medalha foi feita, pessoalmente a Lula pelo diretor-executivo do Unaids, Michel Sidibé. Ao agradecer a escolha do Brasil como o primeiro país das Américas a sediar as atividades relativas ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, Lula lembrou que o sucesso das políticas se deve “a atuação incansável dos profissionais e gestores da saúde e à militância dos inúmeros grupos da sociedade civil que defendem os direitos dos portadores de HIV”. 

Relatório divulgado pela Unaids, nesta quarta-feira, afirma que a epidemia de Aids começa a se estabilizar no mundo. O levantamento estima que, no final de 2009, cerca de 33,3 milhões de pessoas viviam com o vírus HIV, um pouco mais do que no ano anterior (32,8 milhões). Mas número de infecções recuou 20% em dez anos e óbitos também diminuíram. Veja o relatório aqui.

 

No Brasil, doença cresce entre os jovens 

Também durante o evento foi lançada a campanha para combater o preconceito, especialmente contra jovens portadores da doença. “A vida inteira fui vítima de preconceito. Sei o que é o preconceito contra os povos, contra o negro, contra a mulher, contra o portador de HIV”, disse o presidente, pedindo para que não haja mais diferença de tratamento entre portadores e não portadores do vírus. 

O Brasil tem hoje 630 mil infectados. Pesquisa do Ministério da Saúde atesta que, entre os jovens, 39% não usam camisinha nas relações sexuais, apesar de reconhecerem que essa é a melhor forma de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. “Não existe mais grupo de risco. Existe comportamento de risco”, alertou o diretor do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde, Dirceu Greco. 

O presidente Lula lembrou que o Brasil se tornou o primeiro país em desenvolvimento a oferecer tratamento universal e igualitário aos portadores do vírus HIV, oferecendo gratuitamente a cerca de 200 mil pessoas o coquetel antirretroviral, e está disposto a colaborar para que todos os países, em especial os do continente africano, tenham acesso a medicamentos e ao treinamento necessário para derrotar a doença.

Fonte:
Portal Brasil

 



01/12/2010 20:35


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