LUXEMBURGO ACUSA RENATA ALVES DE CHANTAGEM E EXTORSÃO



O ex-técnico da seleção brasileira Wanderley Luxemburgo acusou a estudante de direito Renata Carla Moura Alves de chantagem, extorsão, calúnia e difamação. Em depoimento nesta quinta-feira (dia 30) à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades no futebol, Luxemburgo relatou o que seria a "cronologia da chantagem". Segundo o técnico, desde 1996, depois de trabalhar para ele como arrematante em leilões, a estudante vem tentando extorquir dinheiro dele, e o ameaça com acusações. "O único objetivo dela é o dinheiro", disse.

Luxemburgo afirmou que, enquanto estava na Austrália, participando das Olimpíadas, teria recebido ameaças de Renata, que o acusaria junto ao Ministério Público até mesmo de tráfico de cocaína em bolas de futebol. E exigia, em troca do silêncio, R$ 1,5 milhão. Apresentando um fax, com a ameaça, enviado pelo advogado de Renata Alves, Luxemburgo diz ter recusado o acordo.

- Não faço acordo que envolva minha dignidade. Vou até o fim para provar a minha honra como cidadão - disse, entregando diversos documentos ao presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), e revelando a existência de uma fita em que sofre outra tentativa de chantagem e extorsão.

De acordo com o técnico, Renata não dispõe de prova alguma das acusações que faz e estaria blefando quanto à existência de uma agenda com nomes de empresários e jogadores de futebol de quem Luxemburgo seria sócio. Ele negou que Renata tenha sido sua secretária ou que tivesse uma procuração com plenos poderes. Segundo o treinador, a procuração dava à estudante poder apenas para arrematar bens em leilões. Wanderley negou até mesmo que a tenha convidado para este trabalho.

- Foi ela que me procurou, dizendo que o arremate em leilões era um ótimo negócio - afirmou.

O treinador apresentou também uma análise de dopagem, feita em laboratório da Universidade de São Paulo, para provar que não é usuário de drogas, ao contrário do que afirmara Renata. Ele afirmou que seu depoimento à CPI é a oportunidade que tem para refutar publicamente as denúncias da estudante. Luxemburgo revelou que está processando Renata Alves, em quinze diferentes ações. Para ele, a moça tem conseguido seu objetivo, que seria obter notoriedade: "Ela vai posar nua e está escrevendo um livro", disse.

30/11/2000

Agência Senado


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