MACHADO DENUNCIA AGRESSÃO CONTRA EQUIPE DE JORNAL
- As agressões aconteceram quando a equipe de "O Povo" apurava denúncias de agressões físicas a desafetos, superfaturamento de compras, uso de notas fiscais frias, entrega de cestas básicas somente com a apresentação do título de eleitor, e a proibição de que postos de saúde atendam seus supostos adversários. Antes de ser surpreendido pela fúria insana do prefeito, "O Povo" já havia colhido o depoimento de quarenta pessoas que teriam sido agredidas pelo chefe do Executivo municipal de Hidrolândia - disse.
Ele considerou a atitude do prefeito "completamente deplorável sob todos os primas do bom senso, da ética, da retidão de caráter, da responsabilidade e da sanidade mental".
Segundo Machado, as vítimas sofreram cortes e hematomas nos braços, peito, pernas e cabeça, depois que o prefeito, auxiliado por dois ajudantes, comandou as sessões de espancamento e tortura. O senador citou a Declaração de Chapultepec, documento assinado pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que diz : "uma imprensa livre é condição fundamental para que as sociedades resolvam seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam sua liberdade. Não deve existir nenhuma lei ou ato de poder que restrinja a liberdade de expressão ou de imprensa, seja qual for o meio de comunicação".
- O Senado tem o dever de manifestar sua indignação a quaisquer atos que contribuam para a violência e impunidade dos agressores que ameacem as liberdades de expressão e de imprensa - observou o senador, ao se solidarizar com a direção e a redação do jornal. Para Machado, o Ceará e o Brasil não podem tolerar que atos dessa natureza se repitam.
24/02/2000
Agência Senado
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