Maciel lamenta alto preço do livro no Brasil
Ao registrar nesta segunda-feira (16) a realização do 22º Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação, o senador Marco Maciel (DEM-PE) afirmou em Plenário que o preço dos livros no Brasil ainda é elevado. Ele ressaltou a importância das bibliotecas públicas e das bibliotecas universitárias para a população brasileira, principalmente de baixa renda.
- Em nosso país o livro continua sendo algo inacessível, o que é absolutamente inaceitável - constatou Marco Maciel, que sugeriu a realização de uma audiência pública na Comissão de Educação (CE) para a discussão do tema.
O 22º Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação foi realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, de 8 a 11 de julho, em Brasília. De acordo com o senador, participaram do evento mais de 1.200 profissionais, inclusive a presidente da Federação Internacional de Associações de Bibliotecas e Bibliotecários (Ifla), Cláudia Lux, e as chefes do Comitê da Ifla para a América Latina e Caribe, Elizabeth Carvalho e Maria Isabel Franca. Marco Maciel acrescentou que a instituição tem 1.700 integrantes em 150 países.
No Brasil, disse o senador, o maior desafio continua sendo a necessidade de todas as escolas possuírem biblioteca, "por mais modesta que seja". Para Marco Maciel, todos os municípios brasileiros deveriam ter bibliotecas públicas.
- A biblioteca pública tem o sentido muito importante de assegurar acesso a todos à cultura letrada e à cultura digital. Nem todos podem comprar livros. Livro, no Brasil, ainda é muito caro, então, é por meio da biblioteca que podemos melhorar, também, a qualidade da educação e gerar leitores. Em nosso país o livro continua sendo algo inacessível, o que é extremamente lamentável - afirmou.
Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) lembrou a famosa frase do escritor Monteiro Lobato: "um país se faz com homens e livros". Para Mão Santa, o livro "é um instrumento que nos traz toda a sabedoria da história da humanidade". Também em aparte, Cristovam Buarque (PDT-DF) concordou que os livros ainda são muito caros no Brasil, mas acrescentou que muitos brasileiros não conseguem sequer terminar o Ensino Médio, o que dificulta a formação de novos leitores e escritores.
16/07/2007
Agência Senado
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