Maciel recomenda leitura do livro "Reforma Política no Brasil"
O senador Marco Maciel (PFL-PE) registrou em Plenário o lançamento do livro Reforma Política no Brasil, resultado de uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O parlamentar explicou que o livro é dividido em três partes, sendo a primeira uma exposição sobre as formas de representação e participação na América Latina; a segunda, constituída de 31 verbetes sobre diferentes aspectos da reforma política, sendo o primeiro "republicanismo"; e a terceira, sobre as perspectivas do presidencialismo de coalizão no Brasil.
Maciel destacou o texto de Kim Bolduc, representante do PNUD para América Latina e Brasil, o qual afirma que o Brasil, uma das maiores democracias do mundo e também o segundo maior colégio eleitoral, estaria "enfrentando desafios com coragem e determinação". Bolduc acrescenta, conforme Marco Maciel, que ademocracia auxilia países maiores com renda média e muitas desigualdades como o Brasil.
O parlamentar elogiou a escolha da reforma política como tema pelo PNUD e pela UFMG que, na obra, deram voz à comunidade acadêmica. Citou, entre os participantes da obra, os professores Fátima Anastazia, Antônio Otávio Cintra, Jaime Nicolau, David Fleischer, Maria Tavares de Almeida, Gláucio Soares, Paulo Calmon e Fabiano Santos.
De acordo com Maciel, o presidente Renan Calheiros, durante o lançamento do livro no Senado, fez considerações importantes acerca da reforma política. Renan teria dito que o desencanto do cidadão comum com o Congresso Nacional e os políticos resulta da descrença de que as instituições públicas tenham algo a ver com as questões que o afligem.
Marco Maciel acrescentou que, a seu ver, a reforma política só estará completa com a reforma profunda do sistema eleitoral e o retorno a uma república federativa nas verdadeiras acepções das duas palavras.
- Que o eleitor vote no partido e nas propostas e não no candidato - propôs.
O parlamentar ainda fez um apelo aos eleitores brasileiros para que não optem pelo absenteísmo ou pela anulação do voto nessas eleições, mas façam uma escolha consciente, pois dessa forma estarão exercendo uma verdadeira democracia participativa.
10/08/2006
Agência Senado
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