Maciel lembra 13º aniversário do Plano Real



O senador Marco Maciel (Dem-PE) lembrou nesta terça-feira (3) a passagem no último domingo (1º), do 13º aniversário de lançamento do Plano Real. Marco Maciel ressaltou que, idealizado pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, no governo de Itamar Franco, o Plano Real não se limitou apenas à criação de uma nova moeda ou a um mero plano monetário, mas foi o responsável pelo fim das altas taxas de inflação, que corroíam salários e concentravam a renda de quem tinha acesso a mecanismos financeiros de proteção.

Além disso, Marco Maciel assinalou a melhoria da imagem do Brasil no exterior, que sofria as conseqüências de uma moratória no final da década de 80 e da própria inflação, que afastava investidores internacionais.

- Tudo começou a mudar a partir do Plano Real - afirmou.

Marco Maciel disse que, para compreender o Plano Real, seria preciso recordar a emenda constitucional que estabeleceu o Plano Social de Emergência e desvinculou recursos do orçamento geral da União. O senador também creditou à intuição do povo brasileiro o sucesso nessa mudança econômica de grande proporção e destacou os aspectos sociais do Plano Real, como a queda no nível de desemprego, o aumento da produção e o que chamou de "resgate ético do Brasil". Ele lembrou que o país tinha quatro ou cinco moedas e que, agora, pobres e ricos trabalham com a mesma moeda.

- Lembro-me de uma frase do discurso de posse do presidente Tancredo Neves, que acabou sendo lido pelo vice-presidente José Sarney, que dizia "é proibido gastar", sinalizando a luta contra a inflação que pretendia empreender. Com a estabilidade econômica, foi possível destinar mais recursos para a educação e para a saúde, além de permitir a implantação do planejamento - frisou.

O senador Mão Santa (PMDB-PI) lembrou que, antes do Plano Real e quando governava o Piauí, era obrigado a fazer ajustes mensais na folha de pagamento, pois a inflação chegava a 80% ao mês. Mão Santa disse que o país deve a estabilidade econômica ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e destacou a Lei de Responsabilidade Fiscal como uma de suas maiores obras.

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) disse, em aparte, que quando foi ministro da Fazenda, percebeu que era impossível administrar as finanças do Brasil porque existiam 21 bancos estaduais emitindo moeda. Ele assinalou que foi após a privatização e/ou extinção desses bancos que o país passou a ser administrável.

A senadora Kátia Abreu (Dem-TO) classificou como "irresponsável" e "apropriação indébita" a declaração do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, de que o crescimento econômico só veio depois de 2005. A senadora lembrou a Coutinho que o aumento das exportações se deveu ao setor agropecuário que, por sua vez, teve tal desempenho graças à estabilidade econômica conquistada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

- Mudanças econômicas não se fazem em dois ou três anos - afirmou.

Para manter os avanços proporcionados pelo Plano Real e fazer o Brasil crescer a taxas compatíveis com a sua capacidade e sua potencialidade, Marco Maciel defendeu ainda o prosseguimento das reformas estruturais, como a trabalhista e a tributárias, e das reformas institucionais, como a política e o fortalecimento da Federação.

03/07/2007

Agência Senado


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