Magno Malta: CPI mantém decisão de ouvir juiz que libertou o pedreiro Ademar
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), afirmou que a morte do pedreiro Ademar Jesus da Silva - assassino confesso de seis jovens de Luziânia (GO) - não vai alterar o curso das investigações sobre o caso. O pedreiro foi encontrado morto neste domingo (18) em delegacia da Polícia Civil em Goiânia, onde estava preso desde o dia 10.
Em entrevista à Agência Senado, Magno Malta disse acreditar que Ademar Jesus se suicidou na prisão. Como o pedófilo dizia ouvir vozes mandando que cometesse abuso sexual e depois matasse suas vítimas, o senador considerou plausível que, desta vez, ele tenha "recebido ordens" para que se matasse.
Em prosseguimento às investigações na CPI da Pedofilia, os senadores devem ouvir a psiquiatra forense que elaborou o laudo criminológico no qual afirma que o pedreiro não tinha doença mental. Também será ouvido o juiz que concedeu liberdade condicional ao pedreiro. Ademar havia sido condenado a 14 anos de prisão por abuso sexual de menores, mas recebeu o benefício de livramento condicional após cumprir 4 anos de reclusão.
- É preciso ouvi-los para que detectemos os erros neste caso e possamos consertar ou melhorar a lei - explicou Magno Malta.
Em entrevista na manhã desta segunda à Rádio Senado, o vice-presidente da CPI, senador Romeu Tuma (PTB-SP), sugeriu que a comissão acompanhe de perto as apurações sobre a morte do pedreiro.
Simone Franco / Agência Senado
19/04/2010
Agência Senado
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