Maguito defende fim da imunidade para crimes comuns
- Caberá a nós completarmos a tarefa de pôr fim a esta imoralidade e contribuir para a melhoria do nível e da ética na política. Meu voto e o meu trabalho serão pela aprovação, para que possamos acabar com essa imoralidade que só serve para manchar a imagem da classe política - afirmou Maguito Vilela.
O texto aprovado na Câmara acaba com o instituto da licença das casas do Congresso para que parlamentares possam ser processados no caso da prática de crimes comuns. A imunidade persiste apenas nos casos dos crimes de opinião.
- Neste caso, ela é fundamental porque preserva a liberdade e a independência dos congressistas de falar ou agir como mandam as suas consciências - disse o senador.
Em aparte, o senador Moreira Mendes (PFL-RO) também anunciou sua posição favorável à proposta, dizendo que "o Congresso Nacional não pode ser esconderijo para delinqüentes".
Maguito elogiou a postura do presidente da Câmara, Aécio Neves, "que soube negociar com os líderes e teve a sensibilidade de colocar a matéria em votação no momento propício, em que teria a maioria dos votos da Casa".
No mesmo pronunciamento, o senador goiano expôs sua posição favorável aos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades no futebol. Ele adiantou que defenderá a punição de dirigentes e empresários que tenham cometido irregularidades.
O senador disse que a CPI tem trabalhado de forma competente e já possui documentos e depoimentos suficientes para encaminhar as ações necessárias contra os acusados. Ele lembrou que o senador Geraldo Althoff (PFL-SC), relator da comissão, está de posse de todas as informações para preparar um relatório que possa levar ao indiciamento daqueles contra os quais existam indícios e provas.
19/11/2001
Agência Senado
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