Maioria das decisões tomadas por agências reguladoras são válidas



Estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado nessa segunda-feira (11), mostrou que 59,6% das decisões administrativas das agências reguladoras são confirmadas quando contestadas na Justiça e apenas 3,3% dessas decisões são reformadas. Na maioria dos casos (59,6%), as decisões das agências reguladoras são confirmadas e, em 18,8% dos casos, as partes desistem do processo.

A Comissão de Valores Imobiliários (CVM) é a agência reguladora que tem o maior número de decisões contestadas: 16,9 mil. Em seguida está a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com 8,1 mil processos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com 6,9 mil processos, é a terceira agência reguladora com mais contestações apresentadas e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com 1,1 mil processos, a quarta mais contestada.

O estudo do CNJ também revelou que quase metade dos 83,6 mil processos envolvendo as agências reguladoras questiona decisões administrativas.

O CNJ fez, no estudo, comparações sobre a quantidade de vezes que as decisões são reformadas pelas diferentes instâncias. As duas agências com o maior número de decisões alteradas são da área econômica: o Conselho Administrativo do Desenvolvimento Econômico (Cade) e a Comissão de Valores Imobiliários (CVM).

O estudo também mostrou que a Justiça leva, em média, seis anos e meio para dar a palavra final para um processo desse tipo, tempo que cai para quatro anos e meio quando o processo envolve o Cade.


Fonte:
Agência Brasil



12/04/2011 11:11


Artigos Relacionados


Eduardo: decisões passaram a ser tomadas pelo poder econômico

CCJ examina projeto que proíbe União de recorrer de decisões tomadas por ela própria

Decisões sobre obras de infraestrutura para Copa são tomadas sem participação social, diz relatório

Brasil deverá ter 75 assentos no Parlasul, mas decisões não serão tomadas contra a vontade da minoria

Agências reguladoras

Zambiasi defende agências reguladoras