Mais de 141 mil pacientes receberam remédios para asma em dois meses
Disponíveis nas farmácias populares de todo o Brasil, o medicamento passou a ser grátis desde o dia 4 de junho
Mais de 141.559 mil pessoas já foram às farmácias populares de todo o Brasil para receber remédios para asma desde o dia 4 de junho, quando eles passaram a ser distribuídos gratuitamente pelo governo federal, dentro do programa Saúde Não Tem Preço. Nos 60 dias anteriores aos remédios passarem a ser gratuitos, o volume de pacientes atendidos era de 73.104, representando crescimento de 95%.
Minas Gerais é o estado com o maior número de pessoas que retiraram os medicamentos gratuitos. Durante dois meses, mais de 37 mil pacientes tiveram acesso aos antiasmáticos nos municípios mineiros. O Rio Grande do Sul é o segundo estado, com 35 mil beneficiados.
Antes de os antiasmáticos serem incluídos no Saúde Não Tem Preço, o consumidor, para comprá-los, deveria pagar somente 10% do valor, sendo que os 90% restantes eram cobertos pelo governo federal. O desconto beneficiou 200 mil pessoas em junho deste ano.
Agora, o cidadão pode retirar, gratuitamente, três medicamentos para asma em dez apresentações, Brometo de Ipratrópio, Dirpoprionato de Beclometasona e Sulfato de Salbutamol. A previsão é que a gratuidade beneficie até 800 mil pacientes por ano. Segundo o Ministério da Saúde, a incorporação dos remédios deverá ampliar o orçamento atual do Saúde Não Tem Preço em R$ 30 milhões ao ano.
Além dos remédios contra asma, também fazem parte do programa 11 medicamentos para hipertensão e diabetes. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 10 milhões de brasileiros já foram beneficiados com os 14 medicamentos que fazem parte do programa.
Para retirá-los, é necessário apresentar um documento com foto, CPF e a receita médica dentro do prazo de validade. Em todo o País, são mais de 20 mil farmácias, entre públicas e particulares, que distribuem os medicamentos. Saiba onde encontrar as unidades da rede própria do Farmácia Popular e as drogarias privadas que integram o programa.
A ação faz parte do programa Brasil Carinhoso, lançado em maio pela presidenta Dilma Rousseff, cujo objetivo é tirar da miséria crianças de 0 a 6 anos de idade. A asma está entre as principais causas de internação entre crianças nesta faixa etária. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças nesta faixa etária.
Genéricos
Com a oferta gratuita dos medicamentos para asma, a procura pelos genéricos para combater a doença também aumentou. Se comparada a distribuição dos medicamentos de referência e similares para asma, os genéricos tiveram um aumento de 141% durante os 60 dias da gratuidade.
“Medicamentos para hipertensão, diabetes e asma, que estão na gratuidade e atendem as necessidades de saúde, geram mercado para produção no País”, explica o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.
Com preços até 65% menores do que os dos produtos de referência, os genéricos vêm ganhando espaço no mercado brasileiro. Enquanto em 2002 eles representavam 5,7% do mercado de medicamentos (em termos de unidades), atualmente são responsáveis por 24%. De acordo com o ministério, a alternativa traz ganhos para toda a sociedade: população, indústrias farmacêuticas, varejo, laboratórios e governo.
O governo considera que a aquisição de medicamentos a preços mais acessíveis gera economia no orçamento, o que permite a ampliação de medicamentos ofertados de forma gratuita, não só pelo SUS, mas também nas farmácias privadas, por meio do programa Aqui Tem Farmácia Popular. O programa oferta alguns medicamentos com até 90% de desconto, subsidiado pelo governo federal.
Farmácia Popular
Desde o início do programa, em 2006, o número de medicamentos ofertados cresceu de oito para 25 itens. A participação das farmácias privadas credenciadas cresceu de 14 mil, no ano passado, para cerca de 20 mil em 2012. No mesmo período, o número de municípios cobertos com farmácias credenciadas passou de 2.467 para 3.353. Desses, 1.060 são municípios de extrema pobreza. Em 2011, apenas 578 estavam cobertos. A meta é contemplar mais 1.305 municípios de extrema pobreza até 2014.
Já a rede própria do governo, que começou em 2004 com uma lista de 108 itens ofertados em 27 unidades, hoje oferta 113 itens em 556 unidades. São medicamentos para hipertensão, asma, diabetes, colesterol, osteoporose, doença de Parkinson, além de contraceptivos. Confira os medicamentos disponibilizados nas unidades da rede própria do Programa Farmácia Popular
A rede própria teve aumento de 13 unidades este ano, passando de 543, em 2011, para 556, em 2012. Na rede pública de saúde, o ministério ampliou a quantidade de produtos da lista de medicamentos do SUS de 342, em 2008, para 550, em 2010. Este ano, a lista já soma 810 itens.
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Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Ministério da Saúde
Agência Brasil
Portal Brasil
10/01/2013 19:49
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