Mais de quatro mil famílias quilombolas no País receberão assistência técnica



Os ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) definiram estratégias de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para mais de quatro mil famílias quilombolas do País. A ação faz parte do Plano Brasil Sem Miséria.

Durante encontro na sexta-feira (3), os ministérios acertaram, com cinco entidades que prestarão ações de Ater para essas comunidades, os últimos detalhes sobre os trabalhos de campo que têm início ainda em fevereiro.

De acordo com o diretor de Povos Tradicionais e Comunidades Quilombolas do MDA, Edmilton Cerqueira, o desafio para as entidades, que atuarão em 39 comunidades quilombolas de quatro estados brasileiros será, além de atingir toda a comunidade, propor soluções para as necessidades descobertas por meio de diagnóstico.

“O objetivo da Ater é melhorar o processo de produção das famílias. Além disso, os técnicos irão avaliar sua situação de acesso à água, à energia e a uma série de políticas públicas que chegarão às comunidades”, explica Cerqueira. Outro ponto levantado por ele foi a importância da receptividade das famílias. “Com mais aproximação da comunidade, os técnicos conseguem potencializar seu papel”.

Dentre as entidades vencedoras da chamada pública para prestação dos serviços de Ater para quilombolas estão o Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG), o Instituto Terra do estado do Maranhão, o Instituto Vida de Pernambuco e a Empresa Baiana do Desenvolvimento Agrícola (EBDA).

A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), a Fundação Palmares e a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) do Ministério do Planejamento atuam como parceiros do MDA e do MDS nesse projeto.

Segundo a coordenadora da Amazônia Legal da SPU, Heloísa Aquino, essas ações conjuntas de integração de políticas públicas trazem mais efetividade às ações de erradicação da pobreza extrema. “Esse trabalho é fundamental para que as políticas públicas, particularmente o Plano Brasil Sem Miséria, possam de fato chegar às famílias que estão realmente necessitando”, observou.

Chamada pública

A Chamada Pública nº 003/2011 – Projeto Quilombola, do Plano Brasil Sem Miséria, tem recursos de R$ 7,5 milhões. O MDA contratou pela chamada cinco entidades para atender 4,8 mil famílias de 39 comunidades quilombolas nos municípios de Francisco Sá (MG), Pai Pedro (MG), Jaíba (MG), Porteirinha (MG), Catuti (MG), Janaúba (MG), Monte Azul (MG), Conceição da Barra (ES), São Mateus (ES), Santarém (PA), Bom Conselho (PE), Campo Formoso (BA) e Alcântara (MA).

Ater

Os serviços de Ater promovem a profissionalização no campo, sempre respeitando as características de cada comunidade. A Ater proporciona a inserção de novas tecnologias e métodos de execução de atividades agrícolas, além de priorizar a sustentabilidade.

 

Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário



06/02/2012 19:32


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