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Ao final da votação, a CI também aprovou requerimento de urgência para que as três indicações sejam votadas ainda nesta quarta pelo Plenário da Casa.

Moralização

Durante a sabatina dos indicados, os senadores destacaram a necessidade de reestruturação e moralização do Dnit. Jayme Campos (DEM-MT) afirmou ser necessário resgatar a dignidade do órgão, "que está desmoralizado diante da sociedade brasileira". Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) observou que a nova diretoriadeve ter o compromisso de atuar com transparência e Walter Pinheiro (PT-BA) pediu comprometimento dos indicados com o cargo que vão ocupar.

- O que vai permitir que o Dnit tenha uma nova cara é o comportamento dos senhores, para que não seja somente uma mudança de peças, mas sim uma mudança de cultura, de práticas e de formas - afirmou Walter Pinheiro.

Já Valdir Raupp (PMDB-RO) assinalou que a renovação das diretorias do Dnit é uma oportunidade de lançar um desafio para que o órgão invista mais nasrodovias, ferrovias e hidrovias brasileiras, tanto na área da construção, como na de restauração, de dragagem e de duplicação, "para que o país possa mostrar sua força na área do transporte".

No início da reunião, a presidente da CI, senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), informou que a pressa nas sabatinas para exame das indicações ao Dnit se deve ao fato de a comissão ter que votar sete indicados para diretorias do órgão, que necessita se reestruturar para dar prosseguimento às inúmeras obras que precisam ser realizadas em todo o Brasil, muitas delas com tempo curto devido ao período de chuvas que se inicia no próximo mês.

- Por isso, peço a compreensão de todos, de forma que aquela autarquia não fique paralisada e nem prejudicada à espera de aprovação desses nomes para os cargos que lhes foram confiados - explicou Lúcia Vânia.

Paulo de Tarso

O mineiro Paulo de Tarso, tem 47 anos, é graduado em Direito, Economia e Administração de Empresas, com MBA em Finanças. Atualmente, cursa ainda Mestrado em Gestão de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro. O indicado é, desde 1995, servidor público da carreira de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional e, desde 2007, ocupa cargo de liquidante e principal executivo do Banco do Estado do Rio de Janeiro (BERJ), em liquidação. Já ocupou vários outros cargos comissionados e efetivos na área pública, bem como no setor privado, como professor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O relator da mensagem presidencial foi o senador Valdir Raupp (PMDB-RO).

Em sua exposição, Tarso afirmou estar preparado para ajudar na modernização do Dnit, com o objetivo de alçá-lo a um novo patamar de gestão, que possibilite maior controle de toda a sociedade sobre as ações do órgão.

Adão Magnus

O engenheiro civil Adão Magnus (53) tem especialização em Técnicas Construtivas e em Engenharia de Produção, com diversos cursos nas áreas de Marketing, de Análise de Solos, Fundações e Obras em Terra e ainda de Engenharia de Análise de Valor, entre outros. Trabalha há dois anos no Ministério dos Transportes, como especialista sênior em Infraestrutura Civil e Aquaviária, cargo voltado para a gestão de portos e hidrovias da Bacia Amazônica e do Mercosul. Anteriormente, desempenhou atividades técnicas e gerenciais em várias empresas da iniciativa privada. O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) foi o relator da mensagem presidencial com a indicação.

Durante sua exposição, Adão Magnus afirmou que um dos problemas aparentes do setor de transportes é a Lei das Licitações (Lei 8.666/1993), que "permite algumas coisas e outras não", engessando, segundo explicou, muitas obras.

Para ele, é preciso modernizar a legislação, para que o setor público possa operar com a rapidez e a competência do setor privado, "desde que bem fiscalizado em todas as etapas". Afirmou ainda que o modal de transporte brasileiro precisa atender a vocação e a necessidade de cada região. Para isso, é preciso, conforme ele, atenção dos gestores públicos na elaboração de planos e marcos regulatórios. 

Mário Dirani

O paulista Mário Dirani (55) é graduado em Engenharia Civil, com especialização na área de regulação, defesa da concorrência e concessões e ainda Mestrado em Transportes. Desde 2008, atua como especialista em infraestrutura sênior do Ministério dos Transportes. Antes, foi também técnico comissionado da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e engenheiro da Rede Ferroviária Federal S.A. Na área acadêmica, foi professor do Departamento de Engenharia Industrial da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

O relatório da indicação foi lido pele senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que ressaltou, durante a sabatina, ser o indicado "um profissional sério e competente".

Em sua exposição, Mário Dirani afirmou que durante toda a vida conviveu com a área de transportes, pois é filho e neto de ferroviários. Assinalou ainda que o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) está aumentado expressivamente o modal ferroviário no país, mas que ainda há muitos desafios a serem enfrentados pelo Dnit na expansão da capacidade do setor, como a construção do trem de alta velocidade e a eliminação dos gargalos que obrigam a redução da velocidade dos trens, entre muitos outros.

Outros indicados

Na mesma reunião, os relatores Eduardo Braga (PMDB-AM) e Walter Pinheiro (PT-BA) leram os relatórios com os currículos de dois engenheiros civis que também estão sendo indicados para ocupar diretorias do Dnit: Roger da Silva Pêgas, para a diretoria de Infraestrutura Rodoviária, e José Florentino Caixeta, para a diretoria de Planejamento e Pesquisa. Em seguida, como norma da comissão, foi concedida vista coletiva dessas duas mensagens presidenciais para que os senadores da comissão possam se preparar para a sabatina dos indicados, que deverá ser realizada na próxima semana.

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