Maldaner elogia atuação do Conselho dos Direitos da Mulher do DF
- Sua iniciativa tem-se coroado de tal eficácia e êxito, que transpô-la para outras regiões torna-se quase obrigatório - disse.
O senador referiu-se também à Casa Abrigo de Mulheres Vítimas de Violência, que proporciona às vítimas orientação judicial. assistência médica e psicológica, terapias alternativas e preparação para inserção no mercado de trabalho. Para Casildo Maldaner, a atuação do conselho é digna de todo o louvor.
- Muito se fala que as mulheres vítimas de violência devem procurar as delegacias e denunciar seus agressores. É fácil falar isso, mas muito difícil fazer. Como a mulher vai denunciar, por exemplo, um parceiro que lhe causa agressão e logo depois voltar para casa e ficar à mercê de retaliações porque o delatou? Ou como uma criança pode denunciar o pai ou o padrasto que a molesta e continuar morando na mesma casa, mais sujeita do que antes à vingança ou ira de seu agressor? - indagou.
Casildo Maldaner registrou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a violência doméstica como um problema de saúde pública, por afetar a integridade física e a saúde mental das mulheres. No Brasil, disse, a cada quatro minutos, segundo consta, uma mulher é agredida em seu próprio lar por uma pessoa com quem mantém uma relação de afeto. O senador citou ainda pesquisa do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo realizada com 238 vítimas de incesto, indicando que, em 41% dos casos, o agressor é o pai; em 21%, o padrasto; em 14%, o tio; em 11%, o primo, e em 4%, o irmão.
03/09/2001
Agência Senado
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