Mantega descarta compra de títulos de países europeus pelo Brasil



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou nesta terça-feira (25) que o Brasil possa comprar títulos da dívida de países europeus. Segundo ele, a solução para a crise econômica terá de vir de países do próprio continente.

De acordo com Mantega, uma eventual ajuda do Brasil ocorrerá apenas por meio de reforços ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Mesmo assim, o Brasil está disposto a participar de uma operação de socorro apenas se o FMI não adiar o aumento as cotas dos países emergentes, previsto para o próximo ano.

O Brasil e outros países emergentes sugerem que o repasse de recursos seja feito por meio de acordos entre o FMI e cada País. Diversos países europeus, no entanto, defendem que o Brasil e outros países que emprestaram recursos para o Fundo em 2009 adiem a incorporação desse dinheiro às cotas do fundo, que ocorrerá em 2012. Isso obrigaria o Brasil, Japão, a Rússia, Índia, China, União Europeia, e os Estados Unidos a fazer novos aportes.

Em 2009, o Brasil se comprometeu a emprestar US$ 14 bilhões das reservas internacionais ao FMI, dos quais cerca de US$ 10 bilhões foram efetivamente repassados. Pelo acordo original, o País poderia usar esses recursos para aumentar a cota no FMI. Caso a proposta europeia seja aceita, o Brasil terá de desembolsar mais recursos além do previsto no próximo ano para ter mais poder no fundo.

O ministro negou ainda que o governo pretenda mudar a forma de indexação da caderneta de poupança. Segundo ele, uma possível alteração no modelo de correção não passa de especulação. Atualmente, a poupança é corrigida pela Taxa Referencial (TR) mais 0,5% ao mês.


Fonte:
Agência Brasil



26/10/2011 11:34


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