Fazenda descarta ajuda direta imediata a países europeus



Um dia antes da visita da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, adiantou a jornalistas que o tema geral da visita oficial ao Brasil será a situação econômica mundial, crise internacional e a possível atuação do FMI na Europa.  

“A visita de Lagarde é algo regular. O tema principal é a crise, mas não há uma agenda fechada”, informou Cozendey.  

De acordo com o secretário, não há medida a ser anunciada na reunião entre Guido Mantega e Lagarde, nesta quinta-feira (1º). “Não está previsto nenhum anúncio de aumento de recursos para o FMI, até porque o Brasil não toma essas decisões sozinho, mas sim de forma coletiva”, argumentou. 

O secretário de Assuntos Internacionais informou ainda que atualmente o FMI não precisa de mais recursos,  mas pode precisar no futuro próximo. “Hoje, o Fundo tem US$ 390 bilhões para serem emprestados. Entretanto, se o FMI precisar de mais recursos, os mecanismos são conhecidos, tendo como base o que foi conversado em Cannes (França), durante a reunião do G20. Essa seria a maneira mais prática de se fazer”, ressaltou.

Carlos Cozendey ainda frisou que a ajuda direta aos países europeus continua afastada. “O Brasil prefere tratar eventual aporte de recursos via Fundo Monetário, pois, nesse caso, os recursos ficam disponíveis tanto aos países europeus, quanto a outros, caso venham necessitar em função do agravamento da crise. Contudo, não há nenhuma discussão específica nesse sentido”, disse.

Ao ser questionado pelos jornalistas sobre a ação conjunta dos bancos centrais do Canadá, do Reino Unido, do Japão, dos Estados Unidos, da Suíça e Europeu, Cozendey informou que a medida faz parte do papel dos bancos centrais, que é o de assegurar a estabilidade financeira.   

Fonte:
Ministério da Fazenda



30/11/2011 20:16


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