Mão Santa apoia Alvaro Dias e aplaude decisão de Sarney



O senador Mão Santa (PSC-PI) apoiou discurso do colega Alvaro Dias (PSDB-PR), que reclamou nesta quarta-feira (14) em Plenário sobre decisão do presidente José Sarney de não reprisar as sessões do Senado à noite. Alvaro Dias considerou a decisão "uma espécie de Lei Falcão moderna, uma tentativa de silenciar senadores da República". Sarney tomou a decisão com base em pareceres da Advocacia Geral do Senado.

Durante o pronunciamento de Mão Santa, o senador Antonio Carlos Junior (DEM-BA) anunciou que o presidente José Sarney voltou atrás em sua decisão e determinou a retomada das reprises das sessões. No aparte, Antonio Carlos Junior comemorou: "voltamos a ter plena liberdade em nossos pronunciamentos".

No discurso que havia feito, Alvaro Dias disse considerar grave a possibilidade de a Justiça Eleitoral aplicar multa ao senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), acusado de propaganda eleitoral antecipada, por discurso em que fez referência ao candidato do PSDB, José Serra. No discurso, datado de 9 de abril, Geraldo Mesquita afirmou que José Serra era "mais competente" que a candidata do PT, Dilma Rousseff.

Mão Santa chamou a atenção igualmente para a injustiça que se cometeria com Geraldo Mesquita Júnior se seu discurso for considerado propaganda antecipada, quando diversos pronunciamentos, salientou, "tecem louvores" à candidata Dilma Rousseff. Para Mão Santa, mencionar as ilicitudes cometidas por membros da base governista é "crime eleitoral".

Isonomia

Mão Santa defendeu a isonomia entre os Poderes da República, divisão essa que, sublinhou, remonta ao filósofo Montesquieu, e ao sistema de freios e contrapesos que um deve exercer sobre o outro. Para Mão Santa, no sistema capitalista há uma tendência de o Executivo sobrepor-se aos demais poderes.

Para respaldar seu argumento em defesa da imunidade parlamentar, Mão Santa referiu-se ao artigo 53 da Constituição federal, que diz: "deputados e senadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e atos".

Referindo-se à democracia como "a maior conquista da humanidade civilizada", o representante do Piauí afirmou que o Poder Judiciário e o Executivo não podem "querer desmoralizar" o Senado. Conforme Mão Santa, o fortalecimento da democracia se dá pelo sistema de contrapoderes.

- Não é o Judiciário querer desmoralizar aqui e nós, desmoralizá-lo, 
e o Executivo desmoralizar aqui. Desse equilíbrio é que se sustenta a democracia - disse Mão Santa.



14/07/2010

Agência Senado


Artigos Relacionados


Mão Santa aplaude decisão de Garibaldi de devolver MP ao Executivo

ÁLVARO DIAS APLAUDE INICIATIVA DA CPI

ÁLVARO DIAS APLAUDE A REALIZAÇÃO DAS CPIS

Álvaro Dias aplaude iniciativa popular que retira autorização de venda da Copel

Alvaro Dias aplaude envio de reforma política pelo governo, mas protesta contra aumento de despesas

Itamar visita Sarney e apóia decisão do governo contra jornalista