Mão Santa cobra ajuda para produtores de feijão do Piauí



Sem garantia de compra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nem pelo preço mínimo, produtores de feijão do sul do Piauí estão sendo praticamente obrigados a jogar fora cerca de 50 mil sacas do produto. A denúncia foi feita pelo senador Mão Santa (PMDB-PI), nesta sexta-feira (11), em Plenário. Ao abordar o assunto, ele leu telegrama em que representante dos produtores pede apoio para solucionar o problema, anunciando vinda a Brasília na próxima semana.

No pronunciamento, Mão Santa também abordou o mau desempenho da Universidade Estadual do Piauí (Unespi) no mais recente Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Na avaliação, elaborada pelo Ministério da Educação (MEC), os cursos da instituição teriam recebido as piores notas, conforme o senador.

Para Mão Santa, a Unespi enfrenta uma política de desmonte. O senador informou que a instituição foi fundada em 1990, quando ele estava à frente do governo do Piauí, no que teria sido a "maior obra de educação país". Conforme o senador, quatrocentas faculdades foram instaladas no estado, em 36 campi. Dez anos depois, assinalou, a instituição chegou a ficar entre as dez melhores do país, em avaliação do MEC.

- Nós oferecíamos treze mil vagas. Treze mil! Hoje, foi reduzido a um quarto. Fechou-se - criticou.

O senador também condenou ação da Secretaria do Meio Ambiente do Piauí que resultou em fechamento do laticínio Delta, situado na maior bacia leiteira do estado, que emprega 125 pessoas de forma direta e que produz 25 mil litros de leite diariamente. Criada em seu governo, ele disse que a secretaria deveria adotar uma política de orientação e apoio aos produtores, para evitar situações problemáticas, mas isso não está mais acontecendo.

- Foram com policiais e vinte e seis fiscais. Não tem policial para pegar os bandidos que andam assaltando no meio da rua, sequestrando os comerciantes, mas vão numa firma idônea - lamentou o senador.

Troca de partido

Antes de encerrar, Mão Santa falou sobre sua intenção de mudar de partido. O mote foi a publicação de uma charge na imprensa de seu estado, na qual ele é retratado como as feições de um gato, no ato de engolir um peixe que é símbolo do PSC, o partido no qual pretende ingressar. Ele disse que está deixando do PMDB com o coração "partido", mas que isso é necessário porque a legenda foi "cooptada pelo poder" e que isso não lhe "encanta". Como lembrou, o peixe que serve de marca ao PSC simboliza o cristianismo.

- O partido tem como programa a promoção do homem e, como doutrina, a doutrina cristã. Nada melhor na história do nosso mundo do que a doutrina de Cristo. Então, eu faço minhas as palavras daquele que foi o maior líder: estou percorrendo o meu caminho, pregando minha fé e combatendo o bom combate - concluiu.



11/09/2009

Agência Senado


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