Mão Santa elogia atitude de ex-presidente da Comissão de Ética Pública



O senador Mão Santa (PMDB-PI) elogiou, nesta segunda-feira (17), da tribuna, entrevista concedida à revista Veja por Marcílio Marques Moreira, até o mês passado presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Como divulgado pela imprensa, ele pediu afastamento do cargo por estar insatisfeito com a demora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em se posicionar sobre a recomendação da comissão pela demissão do ministro Carlos Lupi, por sua insistência em ocupar, simultaneamente, o comando do Ministério do Trabalho e a presidência do PDT - acumulação que, no seu entender, geraria conflito de interesses.

- Marcilio Marques Moreira trabalhou em vários governos. Era o homem da ética e, atentai para a gravidade, jogou a toalha por causa da imoralidade que está ocorrendo nesse governo - avaliou Mão Santa.

A entrevista, publicada nas "Páginas Amarelas", teve alguns trechos lidos pelo senador. Num deles, Marcílio Marques Moreira condena a decisão do governo de manter sob sigilo compras com cartões corporativos efetuados pela Presidência da República e funcionários que servem diretamente à família do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Embaixador aposentado, ele disse a Veja que ninguém no serviço público pode gastar sem prestar satisfação e que apenas os gastos relativos à segurança - do presidente e família - deveriam ser preservados, com abertura de todas as despesas comuns.

Mão Santa abordou, ainda, matéria publicada pela revista Época com enfoque na corrupção. A revista, disse Mão Santa, traz estudo sobre mais de 200 operações realizadas pela polícia. O texto sustenta o ponto de vista de que nunca a Polícia trabalhou tanto, mas que, no entanto, a impunidade continua alta: de cada cem envolvidos em corrupção, apenas sete são presos.

- Perde-se a cada ano cinco por cento do PIB nessa roubalheira. Daria para salvar a educação no Brasil - lamentou o parlamentar.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) comentou visita recém-feita ao Piauí, a convite de instituição de ensino que, no ano passado, foi apontada como a melhor do país na avaliação do Exame nacional do Ensino Médio (Enem) - Instituto Dom Barreto. Depois de conhecer o colégio, Cristovam disse que seu êxito pode ser explicado por várias razões, entre as quais a rígida seleção de professores, os bons salários pagos, a infra-estrutura avançada e o método pedagógico. O mesmo grupo educacional agora está abrindo uma universidade para ensino a distância.



17/03/2008

Agência Senado


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