Mão Santa insta o governo a criar empregos



O senador Mão Santa (PMDB-PI) instou o governo a criar empregos, lembrando as promessas do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, durante a campanha eleitoral, de criar 10 milhões de empregos e fazer a reforma agrária. "Até agora, não vimos nada", lamentou.

Mão Santa ressaltou que, de um político, o povo exige que cumpra seus compromissos, sob pena de perda de credibilidade. Ele acrescentou que sua experiência como prefeito e governador lhe ensinou que atividades como calçamento, construção civil e manutenção de estradas geram muitos empregos, e com rapidez.

- Agora vou ensinar ao presidente Lula: acione a Caixa Econômica Federal, chame todos os prefeitos do país e libere verbas para gastar especificamente com programas desse tipo. Não se engane, presidente, o povo quer trabalhar e o governo não pode perder seu capital eleitoral - advertiu.

Mão Santa manifestou sua preocupado com a paralisia do governo e lembrou declarações do governador do Acre, Jorge Viana, que é do PT, afirmando que o governo precisa de ações, unindo a experiência dos mais velhos com a ousadia dos mais novos.

- O que estamos vendo até agora é o contrário do que prega a nossa bandeira: está havendo desordem e regresso -disse, referindo-se ao lema "Ordem e Progresso", inscrito na Bandeira Nacional.

Mão Santa citou matéria do Jornal do Senado sobre discurso proferido pelo senador Geraldo Mesquita Júnior (PSB-AC) em que este afirma que o prometido espetáculo do crescimento prometido pelo presidente Lula está beneficiando, até agora, os bancos. Ele acrescentou que "basta olhar os balancetes dos bancos que apresentaram, em 2003, lucros astronômicos, enquanto o resto do Brasil diminuiu, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)". O PIB, lembrou o senador, encolheu em 0,2%, a renda do trabalhador caiu e o desemprego aumentou.

Em aparte, o senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) cobrou do governo ações para atender aos funcionários dos bingos que, por um medida provisória do governo, perderam seus empregos de uma hora para outra.

- Por formação sou contra qualquer tipo de jogo, mas é preciso reconhecer que as empresas estavam funcionando legalmente e os funcionários trabalhando normalmente. Quem vai arcar com esses prejuízos? - perguntou.



01/03/2004

Agência Senado


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