Serra promete criar 8 milhões de empregos









Serra promete criar 8 milhões de empregos
Candidato tucano volta a criticar seus adversários que não aceitam a renovação do acordo com FMI

O candidato do PSDB/PMDB à Presidência da República, José Serra anunciou ontem, durante visita à sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília, que pretende criar 8 milhões de empregos em diferentes setores.

As vagas seriam conseqüência de uma estratégica econômica correta, que prevê aumento das exportações e condições para beneficiar setores que gerem postos de trabalho como agricultura, turismo, construção civil, além da expansão das áreas da saúde e habitação. "Tudo o que se refere à economia está voltado para o emprego", disse. "Temos que batalhar para que a incerteza econômica não se reflita em desemprego".

Serra voltou, sem citar nomes, a criticar seus adversários que, segundo ele, não querem compromissos em relação por exemplo, ao acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Que cada candidato assuma suas responsabilidades e arque com as conseqüências", afirmou.
"Tem candidato que só deseja que as coisas piorem para faturar eleitoralmente. Eu não atuo dessa forma. Quando digo que sou a favor do acordo com o FMI para a segurança da economia, falo como brasileiro, como senador e como alguém que entende de economia e sabe que uma situação delicada como esta exige responsabilidade de todos os homens públicos".

O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, disse que a "visita do presidenciável tucano José Serra à sede da Embrapa ressalta a importância do agronegócio para o País". Pratini elogiou o candidato José Serra e disse que acredita "no seu nome e no seu patriotismo". O presidente da Embrapa, Alberto Portugal, recebeu Serra e a candidata a vice-presidente, deputada Rita Camata, na sede da empresa.


Ciro diz que assume comando, após a demissão de Martinez
O candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes, anunciou ontem que ele próprio vai assumir a coordenação de sua campanha, após a confirmação do afastamento do coordenador, deputado José Carlos Martinez, presidente do PTB.

Em Varginha (MG), Ciro disse que tem uma equipe muito enxuta e que vai ser o chefe da campanha. "Eu posso, uma vez por semana, reunir a equipe e dar as diretrizes. Eu vou coordenar a campanha", completou, negando a informação de que seu irmão, Lúcio Gomes, iria assumir a coordenação.

Martinez se demitiu ontem da coordenação-geral da campanha após quase uma semana de pressões políticas dentro da Frente Trabalhista (PPS, PTB e PDT).

As pressões, feitas principalmente por parte do senador Roberto Freire (PPS-PE), começaram depois da divulgação da notícia de que Martinez ainda paga parcelas de uma dívida a parentes de Paulo César Farias, o PC, tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

O dinheiro da dívida do deputado com PC é proveniente de contas fantasmas abertas pelo tesoureiro de Collor para burlar fiscalização de órgãos, como a Secretaria da Receita Federal.
O afastamento de Martinez tem como objetivo desvincular as relações do deputado com PC da campanha de Ciro e evitar ataques ao candidato da Frente Trabalhista.

Ciro disse que, a princípio, aceitaria se comprometer com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para que o acordo a ser fechado com o organismo valesse também para o início de 2003, já no próximo governo. "Eu tenho segurança no espírito público dos negociadores brasileiros e seria a última pessoa que atrapalharia, como candidato de oposição, uma tentativa de ajudar o Brasil a consertar o grave erro que o atual governo cometeu. Mas vocês me permitirão não especular, porque eu não posso comentar o que eu não conheço", disse o candidato.

Tucano ironiza o afastamento
O candidato tucano à Presidência, José Serra, comentou com ironia a saída do deputado federal José Carlos Martinez (PTB-PR) da coordenação da campanha do candidato Ciro Gomes (PPS).
"Realmente havia muitos problemas, mas o Ciro Gomes o defendeu bastante. É até contraditório ele deixar a campanha se era tão puro assim, segundo o próprio Ciro Gomes", afirmou Serra.
Martinez, em carta enviada ontem a Ciro, afirma que deixou o cargo para preservar o candidato.
Diz que as informações de que possui uma dívida com o tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor de Mello são parte de "uma nova estratégia" contra a campanha de Ciro. "Não podendo atacá-lo por sua biografia, sua honestidade e integridade moral, procuram desqualificar aqueles que o apóiam", afirma o texto.

Em sua resposta, Ciro diz que "o desespero, a falta de compostura e de critério de nossos adversários parecem não ter limites". O candidato diz ainda que aceita a saída de Martinez para que ele "demonstre a verdade".


Ameaçado, Paulinho atira contra o PSDB
O candidato a vice-presidente na chapa da de Ciro Gomes (PPS), Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, recebeu ontem em Guarulhos, na Grande São Paulo, do diretor-geral do Aché Laboratórios Farmacêuticos, José Eduardo Bandeira de Mello, um diagnóstico do setor no País, e disse que o usará contra o candidato José Serra (PSDB).

Paulinho, que passou a ser a bola da vez, depois da queda do coordenador da campanha, deputado José Celso Martinez, tem sido acusado de uso irregular de recursos da Força Sindical, entidade que presidia, antes de ser candidato a vice de Ciro, e pode ser descartado.

"Pegamos informações para metralhar o Serra", afirmou Paulinho. "Quem mandou o Serra falar que, cada vez que o Ciro abre a boca, uma fábrica fecha? Vamos mostrar os números do setor farmacêutico para mostrar que quem fechou empresas foi o Serra , quando esteve no Ministério da Saúde", adiantou.

Paulinho, que esteve, na manhã de ontem, na fábrica do Aché onde tomou café com os funcionários e pediu votos, revelou que os dados do setor serão usados pelo candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes , no primeiro debate entre os candidatos, no domingo , às 21h30, na Rede Bandeirantes de Televisão.

Entre as informações que recebeu, o candidato a vice-presidente deu atenção especial à diminuição de 49.600 empregos do setor, em 1999, para 48.100, em 2000. "Esse número caiu em maior proporção de 2000 para 2001, e, de 2001 para 2002, em torno de 5 mil demissões no acumulado dos dois períodos", estimou o diretor-geral da Aché Laboratórios.

"Meu negócio é arrumar problema para o Serra", disse Paulinho.

O diretor da Aché manifestou o descontentamento com a gestão do ex-ministro da Saúde.
Segundo Mello, a implementação dos medicamentos genéricos e o controle de preços, duas políticas adotadas por Serra, prejudicaram demais as indústrias do setor.


Lula pede mudança na economia agora
O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu ontem, em São Bernardo do Campo, no Grande ABC (SP), uma mudança imediata da política econômica do governo.

Segundo Lula, o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) será paliativo, caso não haja a recuperação de crédito do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) e a aprovação da minirreforma tributária para desonerar a produção e acabar com o efeito cascata de alguns impostos.

Ele cumpriu uma agenda social na cidade, onde visitou um centro de recuperação de crianças carentes mantido por funcionários da Volkswagen. "Gostaria que nós procurássemos outro remédio que não fosse o FMI porque, se pegarmos US$ 10 bilhões, US$ 15 bilhões agora, esse dinheiro pode durar só quatro, cinco meses, se o governo não fizer o que precisa ser feito", disse.
Segundo ele, o Executivo precisa admitir que "a única saída agora é mudar o modelo econômico. Se você está na linha do trem e vê que o trem está vindo, seja esperto e saia desse trilho".
"Eu tenho visto declarações de pessoas da economia, já sem a prepotência que tinham há um ano atrás, quase melancolicamente percebendo que fracassaram".

Lula afirmou que o governo deveria "ter coragem para dizer que seu modelo fracassou".


Garotinho: governo quer dividir fracasso
O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, disse que o governo federal quer "repartir o seu fracasso com seus concorrentes", ao comentar a proposta de um acordo de transição com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"O governo quer que o próximo presidente da República assuma compromissos de manter essa mamata que foi o governo Fernando Henrique Cardoso para os banqueiros. Eu não vou manter."
Garotinho afirmou que precisa conhecer os termos do eventual acordo para poder assumir compromissos. "Eu não sou contra o FMI, mas quero uma negociação que beneficie os dois lados, não só um. Precisamos olhar o acordo que o FMI está propondo. É um novo acordo".


FGTS até R$ 100 sai a partir de 10 de agosto
Trabalhador com correção menor a receber precisará levar só carteira de identidade e o número do PIS

Quem tem a receber até R$ 100 relativos aos complementos do FGTS poderá sacar o dinheiro a partir do dia 10 de agosto. A Caixa Econômica Federal (CEF) divulgou ontem o calendário de pagamento que começa com os nascidos no mês de janeiro. Para retirar o dinheiro a que tem direito, o trabalhador só precisa apresentar a Carteira de Identidade e o número do PIS na Carteira de Trabalho.

Para atender o volume de atendimentos, serão adicionados 970 novos Postos de Atendimento ao Trabalhador (PAT) aos 13 mil existentes em todo o País. Vale lembrar que os PATs não efetuam pagamentos, mas prestam informações e orientam sobre documentos.

A CEF também vai ampliar em 1.200 o número de agências funcionando em horário estendido, quatro horas a mais que o horário bancário normal, e colocar mil novas máquinas de auto-atendimento em funcionamento. Além disso, o atendimento aos sábados para os trabalhadores com direito à correção será reestabelecido no dia 10 de agosto.

Apesar da facilidade para o saque, no que se refere à documentação, e da ampliação da rede de atendimento nem todos os trabalhadores vão conseguir efetuar o saque na primeira visita a uma agência. Cerca de 10 milhões de contas estão com problemas nos dados cadastrais. "São problemas como nome incompleto ou abreviado e PIS sem registro. Com estes dados faltando não se pode fazer a identificação do titular da conta", explica o superintendente da Caixa. Nestes casos, o correntista do fundo terá de confirmar as informações e retornar à agência após cinco dias úteis e, então, fazer o saque.

A CEF estima que, do total de 113,8 milhões de contas com direito aos expurgos, 84 milhões têm saldos de até R$ 100. Segundo o superintendente nacional do FGTS da Caixa, Joaquim Lima, a instituição já emitiu, aproximadamente, 34 milhões de extratos. "Quem ainda não recebeu pode ter acesso ao valor a que tem direito via Internet, no site da Caixa", afirma. Ainda de acordo com ele, os extratos de todas as contas que receberão os complementos estão disponíveis no site, no endereço www.caixa.gov.br

Para os demais, regras não mudam
Os trabalhadores que têm até R$ 2 mil a receber também estão podendo sacar o dinheiro. O pagamento da primeira parcela começou no dia 23 de julho e está sendo feito normalmente. Para quem tem direito a valores acima de R$ 100 e até R$ 1 mil a receber o sistema de pagamento não mudou.

Nos dois casos ainda há a necessidade de apresentação dos documentos que comprovem a demissão do correntista ou certidão de aposentadoria do INSS para comprovar o direito ao saque. Também é necessário preencher o termo de adesão para estas faixas de pagamento, estão isentos só os que vão receber até R$ 100.
A CEF pagou até agora 12,1 milhões de contas, com uma média de 1,6 milhão de contas pagas por mês. Em dias de muito movimento, chegam a ser pagas duas mil contas por minuto. O número de atendimento chega a 800 mil pessoas por dia. O dinheiro liberado em função dos complementos coloca em circulação cerca de R$ 100 milhões na economia nacional diariamente.

De acordo com um levantamento feito pela instituição, os valores liberados somam, aproximadamente, R$ 2,9 bilhões. No total, o valor dos expurgos a serem pagos chegam a R$ 42,43 bilhões. O prazo para assinatura do termo de adesão à proposta para pagamento dos complementos termina em dezembro do ano que vem. Quem não aderir até lá, só receberá o dinheiro via ação judicial.

Fique por dentro
Nascido em:...........................Recebem a partir de:
Janeiro......................................10 de agosto
Fevereiro...................................17 de agosto
Março e Abril.............................24 de agosto
Maio e Junho.............................31 de agosto
Julho e Agosto...........................14 de setembro
Setembro e Outubro....................21 de setembro
Novembro e Dezembro................28 de setembro


Artigos

O fascismo e o texto que sumiu
Ricardo Mendes

Este artigo não deveria estar aqui. Em seu lugar, estava uma reflexão sobre como o tecnicismo, a fé inabalável nas verdades ditadas pela ciência, tende a eliminar as divergências de pensamento entre os que apenas consomem a informação (os que a elaboram não podem abrir mão de questioná-la, e esse é o verdadeiro poder).

O texto que originalmente ocuparia esse minifúndio gráfico lembraria que muitas obras de ficção científica vislumbram um futuro totalitário, no qual a ordem instituída pelo conhecimento é defendida com todo rigor para padronizar comportamentos e eliminar as perigosas discordâncias. Em cartaz nos cinemas, o filme Minority Report – A Nova Lei é apenas o capítulo mais recente dessa tradição. A obra vem se juntar a 1984, Brazil – O Filme, THX 1138 e O Juiz, alguns dos trabalhos cinematográficos que exibem um amanhã sombrio, em que a utopia de segurança e ordem constrange a liberdade.

A reflexão programada inicialmente para este pedaço de página seguiria argumentando que esse futuro descrito em ficção intriga: seria pura fantasia imaginar uma sociedade capaz de sacrificar o livre arbítrio em nome da estabilidade? A resposta nos espia do passado. Essa é a essência do fascismo.

Ao mencionar o fascismo, não precisamos nos prender à figura do líder carismático cuja imagem se funde à do Estado. Tampouco à presença de um olho invisível a nos vigiar.

Um novo fascismo poderia perder a aparência de tirania se viesse escudado pela fé da sociedade em seus paradigmas. E nada é mais digno de fé hoje que a técnica, entendida como os procedimentos necessários para se alcançar determinado objetivo com o mínimo de transtorno ou possibilidade de erro. Mas esse caminho de excelência não elimina algo anterior: a liberdade de um indivíduo ou de uma população de optar por seus objetivos. É como se a toda hora nos lembrassem da melhor forma de atingir o cume da montanha antes mesmo de nos perguntarem se queremos subir.

Por fim, a pequenina dissertação imaginada para esse espaço lembraria que a Argentina e o Uruguai quebraram, apesar de os dois países terem seguido a cartilha econômica do Primeiro Mundo. E que os fundamentos da nossa economia continuam fragilizados, apesar de o governo brasileiro ter seguido os mandamentos da ortodoxia. Lembranças que serviriam não para justificar declarações levianas de certos candidatos, mas para advertir que ninguém é dono da verdade. Nem os economistas.

Mas o artigo que aqui deveria ser publicado deixou de existir. Prestes a ser concluído, sumiu durante uma falha do computador. Ou seria ato falho? É... já estamos cercados.


Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

Peleja FhC x Lula favorece Ciro
Na eleição presidencial de 1998, 35,9 milhões de brasileiros votaram pela reeleição do presidente Fernando Henrique e 21,5 milhões optaram por Lula do PT. Mas, atenção: 38,4 milhões de eleitores que não votaram em nenhum dos dois. Para o cientista político Paulo Kramer, esses dados já indicavam, há quatro anos, o cansaço do eleitorado com a velha polarização governo vs. esquerda. É nesse espaço que Ciro Gomes cresce sem parar.

Em nome do pai
Cármine Fucci foi só diretor-técnico das Docas do Rio e informa que não participou da compra de guindastes (pela extinta Portobras) de que trata a ação movida pelo Ministério Público, que aguarda sentença desde abril na 28ª Vara Federal do Rio. Seu filho, Ronaldo, reagiu às insinuações sobre o patrimônio do pai, assegurando que foi construído com o produto do seu trabalho na iniciativa privada, devidamente declarado ao Imposto de Renda.

Vai entender...
Depois de dizer que o dinheiro do FMI para o Brasil acabaria na Suíça, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos Paul O'Neill agora apóia a ajuda financeira. Das duas, uma: ou George W. Bush enquadrou o assessor trapalhão ou os bancos suíços pediram para não estragar a festa.

Cirose
FhC anda meio abatido. Assessores dizem que ele contraiu uma gripe terrível. Mas não é Vírus, é Círus.

Maia veta Mota
O prefeito do Rio César Maia pressiona o governo a não nomear Humberto Mota presidente da Empresa de Correios e Telégrafos. Alega que Mota foi indicado pelo PMDB de Moreira Franco, seu adversário no estado. O Palácio do Planalto acha que o prefeito apenas procura um pretexto para abandonar o barco da candidatura de José Serra a presidente.

Lobby influente
O lobby das chamadas "franquias de atacado" dos Correios, que derrubou o presidente da estatal, Hassan Gebrim, teria obtido a Instrução Normativa nº 1, de 17 de julho, do secretário de Serviços Postais do Ministério das Comunicações, Marcelo Perrupato e Silva. O documento determinava o que não podia: a anulação da licitação aberta na ECT por exigência do TCU.

Plantão médico
Aos 8 anos, agoniza na UTI o Plano Real, vítima de anomalia genética.

Martinez fora
As mudanças no palanque de Ciro Gomes fazem lembrar o pensamento de um sábio chinês, que receitava: "De vez em quando, é bom sacudir forte a árvore das amizades. Para que caia o que não serve mais".

Sherlock do Planalto
O presidente do Banco Central passa horas diante do computador checando quem faz operação no mercado porque precisa e quem pode estar especulando alto. Logo mudará no nome para Armínio Flagra.

Pesadelo brasileiro
Os jornais do Arizona (EUA) culpam a situação econômica pelo número recorde de ilegais brasileiros: 460 em seis meses, 3.188 ano passado. O Arizona Daily Star destaca o drama de Reinaldo Sardinha, 33, dois filhos, preso há três dias perto de Tucson. Não fala inglês e quase morreu no deserto, após pagar US$ 2.400 para cruzar o México.

Crime hediondo
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Francisco Fausto, defende o enquadramento como crime hediondo dos responsáveis pelo calote em débitos trabalhistas previstos em precatórios. Para ele, não deve ter direito a habeas-corpus quem tem a caneta na mão para liberar precatório e deixa o credor (o trabalhador desempregado) a ver navios.

Crueldade no ar
A Varig e sua Velog correm o risco de processo e de multas do Ibama e da Sociedade de Proteção aos Animais, por maus-tratos a um cãozinho de três meses. Despachado de Brasília para Maceió no vôo 2314 às 11h26 de ontem, o avião chegaria ao destino às 14h30, mas, até as 19h, nada.

Sinal amarelo
A crise econômica brasileira pode complicar a "fusão" da anglo-holandesa Corus com Companhia Siderúrgica Nacional, de Benjamim Steinbruch.

Comitê petista
Depende do desembargador do TRE Roberto Filinto o mandado de segurança que impeça o palanque eleitoral da deputada Cida Diogo (PT-RJ) no Hospital Regional de Araruama. Mais de 190 funcionários foram demitidos e substituídos por aliados da vice-presidente da comissão de Saúde da Alerj. Diogo convocou reunião hoje, mas só com a direção de petistas.

Multimídia
Depois de comprar a TV Brasília, que retransmite a Rede TV na capital federal, o deputado Paulo Octávio inaugurou ontem a sua Rádio JK FM.

Milhõesau, au!
O cientista Robert Young da PUC-MG, que virou notícia da New Scientist por descobrir a capacidade dos cães de contar quantidades, só pode ter usado como cobaia os cachorros da Lunus. Ou os do juiz Lalau. Au, Au!

Poder sem pudor

O ministro e o álcool
Ministro de Ernesto Geisel, Mário Henrique Simonsen recebeu um repórter do The New York Times, que o submeteu a longa entrevista. No final, provocou:
- Ministro, desculpe se achar a pergunta indelicada, mas dizem que o senhor tem restrições de algumas áreas do governo porque é dado ao álcool. Isso é verdade?
Simonsen tirou de letra, com bom humor:
- Só quando acaba o uísque.


Editorial

RESPONSABILIDADE COM ANIMAIS

Não é por acaso que os cães fazem parte da convivência humana há séculos. Animais de fácil domesticação servem como companhia e são eficientes agentes na segurança. Mas não se pode permitir que ocorram mais acidentes envolvendo cães, como o que culminou, na última terça-feira à noite, com um animal morto e um PM baleado, no Condomínio Privê, em Ceilândia. Todo o conflito começou porque havia um cão bravo perturbando a vida dos vizinhos.

Não é raro ver cães soltos passeando entre crianças desde as superquadras do Plano Piloto aos becos de Planaltina. Geralmente, os animais são mansos e convivem bem com as pessoas, mas nada impede que ocorra um ataque. Há famílias que proíbem seus filhos de sair de casa por medo de cães. Uma mordida de raças mais ferozes pode desfigurar para sempre o rosto de uma criança, mesmo com toda a tecnologia em cirurgia plástica existente. Nos casos mais graves, pode até matar.

O bem-estar dos cidadãos está diretamente ligado a sua tranqüilidade. Por isso, as autoridades devem tomar providências contundentes. Se o uso da focinheira não pegar, como parece ocorrer em outras cidades, que se prepare uma lei dura para punir os donos dos cachorros criminalmente, com ameaça de cadeia para ataques ferozes de seus cães.


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08/02/2002


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