Mão Santa pede reflexão sobre honestidade de faxineiro e cobra geração de emprego e CPI
O senador Mão Santa (PMDB-PI) cobrou o cumprimento de promessa de campanha do PT de geração de 10 milhões de empregos ao conclamar o presidente da República a refletir sobre o exemplo de honestidade do faxineiro Francisco Basílio Cavalcanti. O funcionário foi recebido na quinta-feira (25) por Luiz Inácio Lula da Silva após se tornar manchete dos jornais por ter devolvido a um turista suíço US$ 10 mil encontrados no banheiro do Aeroporto Internacional de Brasília, onde trabalha.
- Se ele tem a aparência tranqüila é porque tem um emprego. Se as pessoas estão matando e roubando, é culpa do Lula que prometeu dar dez milhões de empregos. O que está faltando é trabalho. E é isso que nós queremos ensinar ao núcleo duro do governo - afirmou Mão Santa.
Ele ressaltou que o "núcleo duro" do governo já mostrou incompetência, pelo próprio fato de estar recebendo essa denominação, e que não tem mais nada a ensinar ao presidente. Segundo Mão Santa, a honestidade está imbuída nos 170 milhões de brasileiros e deve ser a virtude natural de um povo e não raridade.
Mas ser honesto num país que tem milhões de desempregados e que impede a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de corrupção no governo acaba não sendo uma atitude normal, observou o senador, que também aproveitou a oportunidade para cobrar a instalação da CPI dos Bingos. Ele fez apelo ao senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) para que não fraqueje nesse propósito.
Mão Santa também destacou a coragem do PMDB por ter divulgado nota cobrando alteração na política econômica do governo para permitir o crescimento do país. Ele afirmou acreditar na força da democracia para que a mudança aconteça e disse que a vitória de seu partido nas próximas eleições municipais e no pleito para a Presidência da República tornará isso possível.
26/03/2004
Agência Senado
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