Mão Santa prega austeridade nos gastos públicos



Austeridade e correção nos gastos, seriedade e honestidade é o que está faltando no Brasil. Esta é a opinião do senador Mão Santa (PMDB-PI), que, em discurso no Plenário nesta quinta-feira (30), pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que aplique este princípio em sua gestão.

O senador criticou o excesso de impostos cobrados dos cidadãos brasileiros, duas vezes maior que os encargos na Rússia, Índia e China, países emergentes como o Brasil. Também condenou o alto número de cargos de confiança criadas pelo governo federal, preenchidos por quase "24 mil aloprados" que recebem até R$ 10.448, a remuneração de um cargo Direção de Assessoramento Superior (DAS) 6. Ele citou o exemplo de chefes de estado recém-empossados, como Nicolas Sarkozy, eleito para governar a França, que só utilizou 350 cargos de livre nomeação.

Mão Santa também pediu que o Congresso rejeite a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), já que os recursos arrecadados pelo governo com a contribuição não estão sendo utilizados na área da saúde, finalidade para a qual foi criada. O prazo de vigência da CPMF termina no fim deste ano, mas um projeto em tramitação na Câmara prorroga sua cobrança até 2010.

- O Congresso só vai melhorar no conceito do povo quando defender o povo, e uma das coisas que devemos fazer é enterrar a CPMF - disse Mão Santa.



30/08/2007

Agência Senado


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