Aloizio Mercadante defende austeridade nos gastos públicos e redução da taxa de juros
Em pronunciamento nesta terça-feira (10), o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) disse que o Brasil precisa manter o equilíbrio das contas públicas para se proteger dos efeitos negativos da crise financeira internacional, além de reduzir a taxa de juros como forma de garantir a continuidade dos investimentos no país.
- A austeridade no custeio é fundamental para que o Brasil não volte a se endividar na crise. É preciso investir mais e, ao mesmo tempo, que a taxa básica de juros caia mais rapidamente. A queda dos juros no Brasil está atrasada; os indicadores mostram isso - alertou.
Mercadante destacou medidas adotadas pelo Brasil para enfrentar a crise, como a redução dos depósitos bancários compulsórios e de impostos, apontou o aumento das reservas cambiais brasileiras e enumerou alguns aspectos que diferenciam a economia nacional da de outros países afetados pela turbulência global.
Na avaliação do senador, embora não se deva subestimar a crise, o Brasil tem uma perspectiva promissora. Ele apontou as reservas de petróleo descobertas na camada pré-sal, o crescimento dos investimentos em energia renovável e o aumento do excedente exportável de alimentos. O senador assinalou, também, que nos últimos cinco anos, as políticas sociais do governo garantiram maior distribuição de renda, de acordo com o Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, lembrou que salário mínimo continua crescendo acima da inflação e que o governo Lula dobrou o poder de compra de 25 milhões de brasileiros, aumentando o consumo de massa.
Mercadante pediu à oposição que não se apresse em diagnósticos que estimulem a retórica do "quanto pior, melhor" e que não subestime o Brasil no enfrentamento da crise.
- O melhor caminho para enfrentar a crise é restabelecer o sistema de crédito, avançar com o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e fazer uma parceria entre governo e oposição. Sairemos maiores do que entramos nessa crise. Como nação, jogaremos um papel mais relevante na política internacional - afirmou.
10/03/2009
Agência Senado
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