Maranhão defende política econômica de Lula



Em discurso no Plenário nesta sexta-feira (16), o senador José Maranhão (PMDB-PB) manifestou seu "apoio irrestrito" à política econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ressaltou que as diretrizes estabelecidas pelo governo Lula e por sua equipe permitiram conquistas para a econômica brasileira como a quitação da dívida com o Fundo Monetário Internacional, o crescimento da renda per capita e o controle da inflação, o que favoreceu que o Brasil conquistasse a confiança do mercado internacional.

Maranhão também disse que os "acertos" da política econômica de Lula contribuíram para a redução das desigualdades sociais. Segundo o senador, os programas sociais implementados pelo governo foram responsáveis pela inclusão social de brasileiros que viviam abaixo da linha de pobreza. Ele discordou de segmentos que criticam os programas sociais por considerarem esse programas mero assistencialismo:

- Muitos são contra os programas de Lula dizendo que é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe. Uma coisa não prejudica a outra. É preciso dar o peixe enquanto o cidadão não aprendeu a pescar - opinou.

Para Maranhão, o êxito do governo deve-se ao câmbio flutuante, à persistência do governo em estabelecer o superávit primário e ao cumprimento de metas estabelecidas. Ele informou que, antes de Lula assumir a Presidência da República, surgiu um clima de insegurança, pois o mercado internacional desconfiava que o novo presidente adotaria uma posição populista e descompromissada com a realidade econômica do país.

- É um reconhecimento das políticas econômicas do atual governo porque soube combinar uma política econômica vitoriosa com a política social, prioritariamente pela inclusão social - argumentou.

Marina Silva

Em seu discurso, José Maranhão disse ainda que o Brasil não pode continuar discutindo a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente. O senador afirmou admirar a "obstinação" da senadora em defender os posicionamentos em que acredita, mas discorda que o país pare nesse assunto.

- Ninguém, por mais qualificado que seja, deve estar acima do país. O momento é de contribuir para que o substituto possa continuar esse trabalho e que as decisões do ministério deixem de ser a do ministro e passem a ser a posição que seja melhor para o país - enfatizou.

No que diz respeito às críticas sobre a produção de etanol no Brasil, o senador disse o país não deve aceitar intervenções externas. Para o senador, os países desenvolvidos querem impedir que o Brasil continue produzindo o produto. Ele disse acreditar que "um estadista como Lula encontrará uma posição" para resolver o impasse.

Ao encerrar a sessão desta sexta-feira, o senador Paulo Paim (PT-RS) pediu que fosse incluído nos anais da Casa artigo do jornalista Paulo Santana no qual defende a extinção do fator previdenciário do cálculo das aposentadorias, bem como o reajuste de aposentados e pensionistas pelo mesmo índice dos trabalhadores ativos.



16/05/2008

Agência Senado


Artigos Relacionados


Renan discute conjuntura política e econômica em visita a Lula

Heráclito diz que Lula discrimina o Piauí e imita FHC na política econômica

Lula elogia Médici e política econômica da ditadura militar

Perillo: Lula colhe os frutos da "boa política econômica" de Fernando Henrique

Perillo: Lula colhe os frutos da "boa política econômica" de Fernando Henrique

Gleisi defende política econômica do governo