Marco Maciel destaca importância do Brasil na preservação da água
O senador Marco Maciel (DEM-PE) ressaltou nesta terça-feira (23) a importância da água para a vida no planeta. Lembrou que há 18 anos o dia 22 de março é o Dia Mundial da Água, desde que a Organização das Nações Unidas divulgou, nesta data, a Declaração Universal dos Direitos da Água, lida por ele em Plenário.
O senador iniciou seu pronunciamento citando o sociólogo pernambucano Gilberto Freyre, para quem nada é "mais importante no estudo do homem do que as suas relações com a água", seja ela do mar, dos rios, nas nuvens ou subterrânea.
Assinalando que o Brasil tem regiões onde se conhece tanto a fartura como a escassez de água, tanto na superfície quanto no subsolo, disse o país "tem potencial para servir de exemplo de como devem ser administrados os excessos e a falta de água".
Marco Maciel lembrou que um sexto da população mundial, ou mais de 1 bilhão de pessoas, não têm acesso à água potável. Acrescentou que 40% da população mundial, ou 2,4 bilhões de pessoas, não têm acesso a serviços de saneamento básico. Disse ainda que aproximadamente 6 mil crianças morrem diariamente devido a doenças ligadas à água insalubre e a deficiências de saneamento e higiene.
- Segundo a ONU, até 2025, se os atuais padrões de consumo se mantiverem, duas em cada três pessoas no mundo vão sofrer escassez moderada ou grave de água - afirmou o parlamentar, informando ainda que, nos últimos 100 anos, a população mundial triplicou e o uso da água cresceu seis vezes.
Marco Maciel lembrou a importância de pequenas obras para superar a escassez de água, citando projetos de perenização de rios e açudes, no sertão e no agreste pernambucanos, e o projeto Um Milhão de Cisternas para o Semiárido, empreendido no governo de Fernando Henrique Cardoso.
O senador defendeu a reutilização da água por residências e empresas, o que ajudaria até a diminuir o chamado "custo Brasil". Segundo o parlamentar, os estudiosos do assunto afirmam que as prioridades do Brasil no setor de recursos hídricos são a proteção de mananciais; o tratamento de esgotos; a preservação e aumento da disponibilidade de água nas áreas críticas; o controle adequado das enchentes urbanas; a conservação do solo rural; e o estudo dos impactos das transposições de bacias.
- É necessário formular um plano de longo prazo, bem melhor que o atual, pelo governo federal, pelos estados e pelos governos municipais, não somente com a criação eficiente da legislação específica sobre o tema, mas também de um mecanismo para sua aplicação - afirmou o senador.
Marco Maciel disse ainda que o fracasso da Convenção Climática de Copenhague, em 2009, e a pouca adesão dos países desenvolvidos ao Protocolo de Kyoto "indicam a necessidade de uma nova ordem mundial, voltada para a questão básica do meio ambiente".
O senador finalizou seu pronunciamento citando São Francisco de Assis: "Louvado sejas meu Senhor, pela irmã água, que é muito útil e humilde. É preciosa e casta".
23/03/2010
Agência Senado
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