Marcon apóia movimento dos pequenos agricultores e diz que FHC desrespeita os sem-terras
O deputado Dionilso Marcon (PT) apóia o movimento de mais de dois mil pequenos agricultores e sem-terras, que desde segunda-feira ocupam prédios públicos federais, na capital gaúcha.
"Estes trabalhadores, que estão com o crédito reduzido, foram levados a ocupar os prédios da Receita Federal e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, porque o governo FHC está descumprindo o acordo firmado entre as partes, inclusive com a intermediação da CNBB", explicou o deputado petista, para quem o descaso de FHC impulsionou uma manifestação nacional.
Marcon lembra que no dia 11 de agosto, o Banco Central aceitou renegociar as dívidas dos contratos efetivados entre julho/95 e dezembro/97, ampliando o prazo de pagamento dos pequenos agricultores. Ele disse, porém, que a resposta do (MDA) à pauta de reivindicação foi pior do que os pequenos agricultores imaginavam. O MDA ficou de disponibilizar R$ 322 milhões do orçamento da União.
"O Banco do Brasil, no entanto, informou que neste semestre serão liberados apenas R$ 166 milhões. O restante ficou para 2001", destacou Marcon. O Incra conta apenas com estes poucos recursos para pagar os projetos contratados que estavam atrasados e atender os novos projetos dos recém assentados. "O MDA não está cumprindo o acordo de garantir para o custeio agrícola a bagatela de R$ 2 mil para as famílias assentadas".
Na maioria dos Estados, segundo Marcon, as vistorias estão emperradas e em vários não foram assentadas nenhuma família neste ano. "Até o momento FHC não honrou seu compromisso com o Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, que reúne mais de 50 mil alfabetizando em parceria com 50 universidades. O acordo previa a liberação de R$ 22 milhões para 1999, mas o governo pagou apenas R$ 2 milhões".
09/12/2000
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