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Movimento Camponês Popular pede renegociação da dívida dos pequenos agricultores

A coordenação nacional do Movimento Camponês Popular (MCP), que promove em Brasília a Jornada de Lutas em Defesa da Agricultura Camponesa e do Meio Ambiente, apresentou à Secretaria-Geral da Presidência nesta terça-feira (5). Até sexta-feira (8), cerca de 3 mil agricultores realizam várias mobilizações na capital federal e encontros com integrantes do governo federal.

O movimento, criado em 2008, apresentou ao ministro Gilberto Carvalho uma pauta de reivindicações com 16 itens, dentre eles: renegociação e solução definitiva das dívidas dos pequenos agricultores; seguro de renda; preços dos produtos e garantias de comercialização; programa de agroindústria cooperativada; assistência técnica, capacitação e pesquisa; fim dos impostos sobre a produção camponesa; educação; moradia; água e cisternas; previdência social; políticas para as mulheres; energia; e habitação.

De acordo com Altacir Bunde, coordenador nacional do MCP, o principal ponto da pauta é a renegociação das dívidas referentes ao Pronaf que cerca de 800 mil famílias de pequenos agricultores têm com bancos. “Muitos destes agricultores já estão na dívida ativa da União e sem condições de financiar a próxima safra”, afirmou Bunde.

O MCP quer debater com o governo federal o fortalecimento das políticas públicas voltadas aos agricultores familiares e reivindicam, por exemplo, o desenvolvimento de tecnologia nacional para a construção de maquinário adaptado às pequenas propriedades. “Existem no País 4,5 milhões de pequenas propriedades. Os equipamentos fabricados no Brasil não servem para mecanizar pequenas propriedades rurais”, disse ainda o coordenador do movimento.

O ministro Gilberto Carvalho considerou qualificada a pauta de reivindicações e garantiu que o governo federal tem todo interesse em debatê-la. Ele convidou os integrantes do MCP a dialogar sobre as políticas públicas e avaliá-las e disse esperar uma unificação da pauta de reivindicações de todos os movimentos sociais do campo.

Fonte:

Secretaria-Geral da Presidência

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