Marconi Perillo lê moção da bancada do PSDB em apoio a Arthur Virgílio
O senador Marconi Perillo (PSDB-GO) leu nesta quinta-feira (6) uma moção da bancada do seu partido em solidariedade ao líder Arthur Virgílio (AM), em os senadores tucanos prestam "solidariedade irrestrita" ao colega e acusam "um grupo de insulsos" de ameaçarem e intimidarem o senador. Perillo referia-se à representação protocolada pelo PMDB contra Arthur Virgílio, no Conselho de Ética, lida da tribuna do Senado pelo líder do partido, Renan Calheiros (AL).
- O que vemos aqui neste momento contra o senador Arthur Virgílio fere de morte a democracia; é um um esforço hercúleo da maioria para calar a minoria; um esforço sobre-humano de amordaçar quem exerceu o mais legítimo direito no Estado democrático, que é o de agir de acordo com a própria consciência em favor da preservação da imagem do Senado e da República - disse.
Marconi Perillo ressaltou que Arthur Virgílio teve "coragem e hombridade" para, da tribuna, admitir a própria culpa "sem pestanejar", cumprindo o que determinam "os procedimentos administrativos previstos nos regulamentos". Ele se referia ao fato de o PMDB ter usado a própria confissão de Arthur Virgílio, de que havia cometido erros, para representar contra ele no Conselho de Ética.
- Mas, ao contrário do que se poderia pressupor, com o mínimo de bom senso, foi massacrado, por quem não tem, pela história política, condições de criticar, que dirá de acusar. O que se viu neste Plenário foi uma torpe manobra para transformar em réu um parlamentar cujo objetivo único, ao longo do exercício do mandato, tem sido defender o Senado e a República - disse Perillo.
O senador aproveitou para dizer que o colega Arthur Virgílio "já tem gravado na história da vida republicana deste país um lugar na galeria dos homens lúcidos e autênticos, que tiveram a coragem de admitir os próprios erros e nem por isso se curvaram ao jogo da chantagem vil, das manobras ardilosas e contrárias à harmonia da vida republicana".
Perillo pediu a seus pares equilíbrio e bom senso para que o Senado possa superar a atual crise e voltar a apreciar e discutir projetos e temas importantes para o país.
06/08/2009
Agência Senado
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