Marcos Guerra critica "intervenção" na Gol pelo DAC
O senador Marcos Guerra (PSDB-ES) manifestou, em discurso, indignação com a atitude do Departamento de Aviação Civil (DAC) ao suspender a promoção da Gol Transportes Aéreos, que oferecia tarifas a partir de R$ 50 para 27 destinos, no período entre 10 de maio e 4 de junho deste ano. Segundo o parlamentar, essa é uma ação "autoritária", aparentemente precipitada e que não atende às expectativas do povo, resultando em insatisfação generalizada contra o próprio governo, já que o DAC é subordinado ao Ministério da Defesa.
O motivo apresentado pelo DAC é a falta de registro da promoção e de uma justificativa de custos junto ao órgão. Para Guerra, a Gol agiu com um planejamento condizente e com restrições estabelecidas, tais como a aquisição dos trechos de ida e volta, a permanência mínima de duas noites no destino escolhido ou a antecipação mínima de dez dias na compra do bilhete em relação à data do embarque.
Marcos Guerra lembrou as declarações do ministro do Turismo, Valfrido Mares Guia, que também se mostrou surpreso com a intervenção do DAC. O ministro ressaltou os aspectos social e o econômico da promoção. O primeiro relaciona-se à realização do sonho dos brasileiros mais pobres, que nunca viajaram de avião, enquanto o segundo está ligado à estimulação do comércio e dos serviços nos locais de destino.
A última questão levantada pelo senador capixaba - e que, segundo ele, não foi esclarecida - foram os descontos de 80% para alguns trechos anunciados pela TAM Transportes Aéreos, logo após a redução das passagens da Gol. "Ações como essas levam a concorrência a rever custos e quem geralmente sai ganhando é o consumidor", afirmou.
14/05/2004
Agência Senado
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