Maria do Rosário lamenta incidente com deputado Cézar Busatto
A deputada Maria do Rosário (PT) lamenta o incidente com o deputado Cézar Busatto (PMDB), ocorrido nesta terça-feira (11/09). Como 2ª vice-presidente da Assembléia Legislativa, ela conduziu grande parte desta sessão plenária que foi marcada por disputadas acirradas entre oposição e situação. E recorreu diversas vezes ao Regimento Interno da Casa para garantir a palavra dos oradores e evitar que os pronunciamentos fugissem a pauta de discussão sobre os vetos do governo estadual às emendas da oposição à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Como aconteceu com a maioria das intervenções, o deputado Cézar Busatto (PMDB) também teve seu discurso entrecortado por apartes e manifestações de professores e funcionários de escolas que lotaram as galarias. Como de praxe, Maria do Rosário descontou o tempo das interrupções e garantiu os cinco minutos regimentais ao orador. Quando foi informado que o seu tempo havia expirado, o deputado Busatto foi até a mesa para exigir um relatório oficial contendo os minutos totais de sua fala. De imediato, a parlamentar petista providenciou o pedido de seu colega, constatando que o mesmo havia utilizado 1 minuto e 45 seguntos além do período regimental, conforme registro da assessoria técnica da Casa.
Mesmo assim, acabou acontecendo bate-boca entre os parlamentares. Exaltado, o deputado Vilson Covatti (PPB) disse que Maria do Rosário não estava tendo pulso para conduzir os trabalhos. "Estamos diante de uma séria questão de gênero. Trata-se de uma manifestação machista", lamentou a parlamentar, para quem as mulheres precisam ser respeitadas no trabalho, em casa e nas suas manifestações políticas. Criticando posturas preconceituosas, ela disse que como na vida, a política, se deve fazer com ética, com respeito às diferenças de gênero e com seriedade. "Tais princípios têm estado ausentes nas atitutdes de setores da oposição e foram flagrados neste ato do deputado Covati", destacou Maria do Rosário, salientando, por fim, que a oposição precisa recobrar a serenidade para apreciar os vetos e projetos que estão trancando a pauta de votações. "É isto que a sociedade espera do parlamento, pois não é mais possível conviver com discursos preconceituosos e machistas.
09/11/2001
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