MARINA QUER REGULAMENTAR PESQUISA CIENTÍFICA NO BRASIL



A líder da Oposição no Senado, Marina Silva (PT-AC), fez um alerta nesta segunda-feira (dia 16) para a necessidade de se regulamentar a pesquisa científica no Brasil como forma de evitar a biopirataria e a ação de cientistas estrangeiros de má-fé, que se valem dos recursos biológicos da Amazônia, patenteiam suas descobertas e ganham milhões de dólares, sem dar qualquer retorno para as populações da região.Marina defendeu a urgência na regulamentação da pesquisa científica lembrando que o Brasil não tem leis que regulem esta área. - Não temos lei, somente portarias. Um projeto aprovado no Senado está parado na Câmara há mais de um ano. Uma Comissão Especial, criada no início do ano, não começou seus trabalhos porque espera que a base do governo assuma seus postos ao lado dos integrantes da oposição. Se existem divergências com o Executivo, vamos negociá-las sem prejudicar o desenvolvimento científico - disse a senadora.Marina citou reportagem da revista Veja mostrando as dificuldades que estão cercando a pesquisa científica no Brasil, "vítima da bioparanóia que está tomando conta dos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização e controle das atividades de pesquisa da fauna e flora".Para Marina Silva, a pesquisa feita com a parceria dos cientistas brasileiros é sempre bem-vinda. "Mas sem uma lei clara e eficaz não é possível diferenciar um biopirata de um cientista sério e responsável. Durante muito tempo não tínhamos qualquer empecilho para a pesquisa estrangeira sobre nossa biodiversidade. Nem por isso a pesquisa científica avançou no país", observou.

16/08/1999

Agência Senado


Artigos Relacionados


Brasil deve investir mais em pesquisa científica

Convênio de cooperação apoia projetos de pesquisa científica no Brasil

Pesquisa: Fapesp aumenta a verba destinada a bolsas para pesquisa científica

Marina quer que Brasil defina meta de redução de emissões para Copenhague e assuma posição protagonista

Unesp: Iniciativa democratiza pesquisa científica

SP investe R$ 1 bilhão em pesquisa científica pela Fapesp