Marina Silva diz que acabou a era da previsibilidade climática
Segundo a ministra, as mudanças climáticas pelas quais passa o planeta criam uma oportunidade para o exercício da solidariedade entre os povos, um espaço que Marina Silva considera apropriado para resgatar o que foi deixado para trás. Na avaliação da ministra, ainda, o Brasil ocupa um lugar privilegiado no cenário mundial devido à existência da Floresta Amazônica e às características da biodiversidade nacional. Essas riquezas, de acordo com a ministra, podem ser exploradas sem destruição, num contexto de "junção de poderes, com o objetivo de sair dessa crise".
- Esta só será de fato uma oportunidade de negócio para o Brasil se gerar solidariedade capaz de ser compartilhada com todos os povos - afirmou a ministra, ao se referir às possibilidades de produção de biocombustível.
Marina Silva destacou também, com base em pesquisas, que o desequilíbrio das mudanças climáticas, provocado pela ação do próprio homem, pode afetar o Produto Interno Bruto global em até 20%, além de ocasionar um esquentamento da Amazônia em até oito graus.
Ao citar as contribuições do Brasil no tratamento das questões relativas às mudanças climáticas, Marina Silva destacou a atuação do Ministério do Meio Ambiente (MMA) no combate ao desmatamento da Floresta Amazônica. Essa atitude também significa, segundo observou a ministra, a preservação da fauna brasileira. Para a continuação desse trabalho, é preciso, disse Marina Silva, colocar a ética na frente da técnica.
- Se não fizermos isso, todos nós vamos pagar um preço muito alto - alertou.
Antes de deixar a reunião da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), a ministra entregou ao presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS), o relatório sobre mudanças climáticas e o efeito delas na biodiversidade brasileira até o século 21, preparado pela pasta que comanda (veja aqui o relatório, em arquivo pdf).
Mulher
Na reunião desta quinta, a CDH também prestou uma homenagem a Marina Silva e a todas as mulheres brasileiras pela passagem do Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta data, realizando um debate com vários convidados. Na ocasião, e com a intenção de estabelecer uma relação entre a mulher e o meio ambiente, a ministra observou que a natureza é "grávida de oportunidades".
O Dia Internacional da Mulher também foi debatido pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Lélio Bentes; pelo presidente da Associação Latino-americana de Juizes do Trabalho, Grijalbo Coutinho; pela representante da Fundação Cultural Palmares, Bernadete Lopes; pela procuradora regional do Trabalho Eliane dos Santos; pela representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), irmã Rosita Milesi e pela representante da Associação das Mães dos Deficientes do Brasil, Vanilda Faviero.08/03/2007
Agência Senado
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