Mário Couto critica proposta do governo aos aposentados
Em pronunciamento nesta quinta-feira (27), o senador Mário Couto (PSDB-PA) criticou o acordo firmado nesta semana entre o governo e centrais sindicais para o reajuste das aposentadorias e pensões. Pela proposta, será concedido um reajuste de 6,5% em 2010 e 2011 aos aposentados e pensionistas que ganham acima do salário mínimo.
- Lula não cumpriu com aquilo que prometeu aos aposentados em sua campanha política - disse o senador, parabenizando a Confederação Brasileira dos Aposentados (Cobap) por não ter aceitado o "teatro" promovido pelo governo na reunião com as centrais sindicais.
Na opinião do senador, o presidente Lula "não tem intenção" de resolver o problema dos aposentados. Ele ainda criticou as decisões do governo brasileiro de conceder empréstimos a outros países, afirmando que o presidente "faz isso no exterior para se exibir e parecer estadista".
- Mas quando chega na hora dos aposentados, ele barbariza, maltrata, estraçalha os aposentados - protestou o senador.
Mário Couto conclamou os aposentados a continuarem lutando pela aprovação, na Câmara dos Deputados, das propostas do senador Paulo Paim (PT-RS) entre elas a que acaba com o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias; a que concede às aposentadorias e pensões o reajuste de 11,67% concedido ao salário mínimo em 2006; e que recompõe o valor das aposentadorias, equiparando-as ao mesmo número de salários mínimos da época de sua concessão; e a que mantém as aposentadorias atualizadas pela concessão, anualmente, do mesmo índice de reajuste do mínimo.
- Não aceitem o que foi acordado. Aquilo é uma migalha que deram a vocês. Vamos para a luta, ficar na rampa do Palácio do Planalto esperando o presidente Lula - conclamou o senador.
Em seu discurso, Mário Couto também saudou o senador Flávio Arns (sem partido-PR) que, pouco antes, havia comunicado a sua desfiliação do PT, conforme decisão já anunciada na semana passada. Mário Couto disse que muitos petistas gostariam de ter a coragem de Arns, mas não agem da mesma forma e seguem fiéis na obediência ao "rei" porque "não querem perder os cargos".
27/08/2009
Agência Senado
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