Mário Couto: Pará está em situação caótica



O senador Mário Couto (PSDB-PA) disse nesta segunda-feira (12) que o estado do Pará "está à beira do abismo", por falta de capacidade de gestão da governadora Ana Júlia Carepa (PT). Ele relatou viagem que realizou por 15 municípios paraenses e classificou de caótica a situação em que se encontram as escolas, os hospitais e as estradas.

- O que estou vendo nas minhas andanças pelo estado é uma profunda decepção, uma profunda tristeza. O que eu vejo de perto é o clamor da sociedade querendo mudança, pedindo piedade. E alguns dizem que vou à tribuna falar porque agora sou candidato. Não sou candidato a nada e nem sei se serei candidato a alguma coisa. Sou candidato a defender o meu povo - afirmou.

Mário Couto mostrou fotos e pediu ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que ajude a sua amiga governadora. As fotos mostravam que os alunos uma escola do interior utilizavam como bebedouro uma panela amassada com três canecas. Além disso, as carteiras da escola quebradas. E a rodovia completamente arruinada entre os municípios de São Geraldo e Piçarra. O senador também disse que a imprensa do Pará noticia que a média de três a quatro mortes por dia em Belém (igual ao Iraque) já pulou para nove mortes por dia.

- Por falta de capacidade de gestão da governadora. Será que Ana Júlia sabe o que é gestão? Eu sei que ela sabe muito bem usar aqueles copos redondos com um líquido amarelo dentro. É o líquido amarelo chamado uísque, isso ela usa muito bem. E ela ainda tem a coragem, a cara de pau de se candidatar novamente - criticou.

Pagot

Mário Couto ainda comentou a queixa-crime apresentada à Justiça contra ele pelo diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot. O senador disse que a ação foi uma tentativa de calar as denúncias que faz reiteradamente da tribuna do Senado.

- O Pagot tentou me processar quatro vezes porque falei nesta tribuna que ele é corrupto. Mas não sou eu quem está falando, é o Tribunal de Contas da União - assinalou.

Candidatura

O senador também falou sobre a festa do lançamento da pré-candidatura de José Serra à Presidência da República. Ele disse que seis mil pessoas lotaram o centro de convenções, além de parlamentares e prefeitos, para ouvir o "discurso magnífico" de Serra.

Ele leu um trecho: "Quem governa deve acreditar no planejamento das suas ações, cultivar a austeridade fiscal, que significa fazer melhor e mais com menos recursos. Fazer mais do que repetir promessas. O governo deve ouvir a voz dos trabalhadores e dos desamparados, das mulheres, das famílias, dos servidores públicos e dos profissionais de todas as áreas, dos jovens e dos idosos, dos pequenos e dos grandes empresários, do mercado financeiro. Mas também dos mercados que produzem alimentos, matérias primas, produtos industriais e serviços essenciais, que são o fundamento do nosso desenvolvimento, a máquina de gerar emprego, consumo e riqueza".



12/04/2010

Agência Senado


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