Mário Couto protesta contra falta de transporte escolar no interior



O senador Mário Couto (PSDB-PA) protestou contra a ausência de transporte escolar no interior do país. Afirmou que, ao votar favoravelmente pela aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), ele e o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) ouviram do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que o problema seria resolvido, mas não foi.

- Já se passaram meses e estão lá os alunos pobres do interior do Brasil sem transporte escolar e, logicamente, sem irem às escolas. Este é o Brasil que se diz preocupado com a educação - afirmou o parlamentar, dizendo esperar uma resposta do líder Jucá, em quem disse confiar e a quem disse até admirar.

Mário Couto afirmou que as prefeituras, cujos recursos muitas vezes não são suficientes para pagar o funcionalismo, não podem arcar com mais essa despesa. Citou exemplo hipotético de um município que recebe R$ 40 mil para o transporte escolar, proveniente do governo federal, repassado pelo governo estadual, mas gasta R$ 400 mil com o serviço.

- Olha o absurdo! O prefeito, chega uma hora, diz que a responsabilidade não é dele, é do governo federal, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e passa a não mais transportar os alunos - disse o senador.

O representante do PSDB afirmou visitar, todos os anos, os 143 municípios de seu estado, mas disse que o presidente da República, talvez devido ao excesso de funções, não deve ter conhecimento do que se passa no interior do país.

- Acho que ele não vai aonde nós vamos, e ninguém pode culpá-lo por isso. Mas será que ele não tem nenhum assessor, nenhum ministro que possa alertá-lo que ainda existem milhares de crianças pobres que deixam de ir para a escola por causa de transporte escolar? - protestou.

Mário Couto lamentou que o governo federal não tenha aprovado o aumento de um ponto percentual na composição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), como o presidente Lula prometeu a uma comitiva de prefeitos. Citando diversos órgãos de imprensa, lembrou também os gargalos logísticos que o país precisa vencer para viabilizar o crescimento da economia, como o energético e o de transportes. Lembrou que, no mês passado, morreram 669 pessoas nas estradas federais brasileiras. Lamentou que as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, se forem licitadas agora e começarem em novembro, terão de parar no mês seguinte, quando começam as chuvas.

Em aparte, o líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), afirmou ser pouco importante se as obras, no primeiro ano do PAC, sejam licitadas para terem início apenas no ano seguinte. Segundo ele, apenas o efeito psicológico do lançamento do plano já está trazendo aceleração para a economia do país.



13/08/2007

Agência Senado


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