Marluce pede mais investimentos em abastecimento de água e saneamento



Em homenagem ao Dia Mundial da Água, transcorrido em 22 de março, a senadora Marluce Pinto (PMDB-RR) discursou no plenário, nesta sexta-feira (dia 23), pedindo ao presidente Fernando Henrique Cardoso e aos detentores de mandatos políticos que trabalhem para proporcionar maior acesso à água potável e aos serviços básicos de saneamento. A senadora observou que cada um "deve fazer sua parte para a manutenção da paz e da felicidade no planeta".

Marluce Pinto lembrou que a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) "tem se desdobrado para que todos os municípios possam ter acesso a água tratada". Ressaltou, no entanto, que os recursos reservados para o setor no orçamento da União são irrisórios, principalmente para as regiões Norte e Nordeste do país.

De acordo com a parlamentar, a Organização Mundial da Saúde (OMS) determinou que os investimentos mundiais em infra-estrutura de abastecimento devem passar dos atuais US$ 16 bilhões anuais para US$ 23 bilhões, para reduzir à metade, até 2015, o número de pessoas sem acesso à água potável.

Segundo dados da OMS, citados pela senadora, metade da população mundial - ou 3,4 bilhões de pessoas - é atingida ou ameaçada por doenças causadas pela falta de água ou pelo consumo de água insalubre. Essas doenças são a malária, a disenteria, o cólera, o tifo e a esquistossomose. De acordo com Marluce, há um bilhão de pessoas bebendo água não tratada e 2,4 bilhões vivendo sem as mínimas condições sanitárias.

A representante de Roraima no Senado citou uma série de conflitos mundiais decorrentes de disputa pela água potável para mostrar a condição privilegiada do Brasil, que detém um quinto de toda a água doce do planeta. Mesmo assim, o país já sofre com a falta de água, já que a represa de Furnas mantém hoje 22,6% de sua capacidade - índice mais baixo de toda a história, que pode levar a um racionamento de energia elétrica nas regiões Sul e Sudeste. Citou também a região Nordeste, onde a seca já era um fato corriqueiro mas que, nos últimos dez anos, vem-se agravando com estiagens cada vez mais persistentes.

23/03/2001

Agência Senado


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