Marta Suplicy indica ministro Ayres Brito para receber a Comenda Dom Helder Câmara
Em discurso no Plenário nesta terça-feira (12), a senadora Marta Suplicy (PT-SP) indicou o ministro Carlos Augusto Ayres de Freitas Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), para receber a comenda de direitos humanos Dom Helder Câmara. A senadora disse que a comenda seria um reconhecimento à atuação do ministro em defesa dos direitos humanos.
Marta Suplicy elogiou a simplicidade e a honestidade do ministro, e sua posições na defesa dos direitos de cidadania e das ações afirmativas. Ela destacou a atuação do ministro nos casos do julgamento da Lei da Imprensa, da demarcação de áreas indígenas da Reserva Raposa Serra do Sol e nas ações de reconhecimento de união estável entre pessoas do mesmo sexo.
A senadora disse esperar o apoio dos colegas para aprovar a indicação de Carlos Ayres Britto, que, conforme afirmou, merece a comenda "por seus posicionamentos corajosos e coerentes e pela luta em defesa da democracia, da solidariedade e dos direitos humanos".
- É um brasileiro notável, atuante e ligado ao contexto do século 21 - afirmou.
Ayres Brito nasceu em Propriá (SE), em 1942. Aos 20 anos ingressou, por concurso, no Banco do Brasil. Cursou a faculdade de Direito em Aracaju, e fez mestrado e doutorado também na área de Direito. Trabalhou como advogado e professor e ocupou vários cargos relacionados com a área jurídica no estado de Sergipe. Em 2003, foi nomeado ministro do STF. A senadora assinalou que a atuação do ministro tem se destacado pela defesa do humanismo e da democracia.
Comenda
A Comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara é conferida pelo Senado Federal a personalidades que se destacam na defesa dos direitos humanos no Brasil. Em dezembro do ano passado, quando a comenda foi conferida pela primeira vez, foram agraciados o bispo católico dom Pedro Casaldáliga, o deputado estadual do Rio de Janeiro Marcelo Freixo e aos defensores públicos Wagner Giron de la Torre e Antônio Roberto Cardoso. Também agraciado, o bispo católico dom Manuel Edmilson da Cruz recusou o prêmio em protesto contra o reajuste de 61% para os parlamentares.
12/07/2011
Agência Senado
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