Mauro Miranda elogia destinação de mais recursos para manutenção de rodovias



A destinação de cerca de R$ 1 bilhão do Orçamento 2002 para a recuperação da infra-estrutura viária nacional recebeu elogios do senador Mauro Miranda (PMDB-GO), em pronunciamento nesta quarta-feira (5). O valor, salientou o senador, corresponde a praticamente o mesmo gastos efetuados pelo governo na área, nos últimos cinco anos.

Os recursos serão viabilizados pela instituição da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide), aprovada em primeiro turno pelo Senado na semana passada. A Cide substituirá a Parcela de Preços Específica (PPE), cobrada sobre petróleo e combustíveis. A diferença entre os dois tributos é que a PPE não pode ser cobrada sobre o petróleo importado e sobre a produção interna privada. A flexibilização do monopólio da Petrobras levou o governo a propor a Cide.

Mauro Miranda defendeu urgência no esforço de recuperação das rodovias brasileiras. Ele citou pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) que avaliou 45 mil quilômetros de estradas. Mais de 68% deles são classificados como deficientes, ruins ou péssimos nos quesitos conservação, sinalização e segurança.

- Esse abandono significa uma verdadeira calamidade em um país que transporta 62% de suas cargas e 96% dos seus passageiros por estradas - afirmou Mauro Miranda, citando diversos trechos de rodovias em Goiás em péssimo estado de conservação.

O senador apontou as vantagens de uma melhor conservação das estradas. "Estradas bem conservadas possibilitarão reduzir o consumo de combustíveis, com evidente ganho de qualidade para o meio ambiente", disse. Parcela dos recursos da Cide será destinada ao financiamento da expansão do transporte coletivo nas regiões metropolitanas, acrescentou Mauro Miranda.

Em aparte, o senador Maguito Vilela (PMDB-GO) reclamou do descaso do governo para o problema viário. Este comportamento, sustentou, traz prejuízos financeiros incalculáveis para o país.

- Fica muito mais barato para o governo mantê-las (as estradas) em estado excelente do que esburacadas, acarretando vítimas e gastos nos setores de saúde e previdenciário. Faltar manutenção nas estradas é o mesmo que faltar soro em hospitais, é morte na certa. O governo alega que não tem dinheiro para consertar as estradas, mas tem para salvar bancos - criticou Maguito.

05/12/2001

Agência Senado


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