MEC “tem simpatia” por propostas que aumentem os investimentos em educação, diz Haddad



O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (14) que vê com simpatia as propostas de aumento dos investimentos públicos em educação. “É óbvio que o Ministério da Educação tem a maior simpatia pelas emendas que propõem recursos a mais. Isso significa dizer o que a sociedade representada no Congresso Nacional está sensível à educação”, disse o ministro após conferência na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre até esta sexta-feira (15) na capital de Goiás.

Os investimentos em educação que serão necessários para a década estão em discussão na Câmara dos Deputados, que avalia o novo Plano Nacional de Educação 2011-2020 (PNE) - Projeto de Lei 8.035/2010.

O uso dos royalties da exploração de petróleo na camada pré-sal a fim de aumentar os recursos para educação e para pesquisa científica tem sido defendido pela SBPC e, mais recentemente, pelo ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), fato que também agrada a Haddad. “Nós recebemos com alegria qualquer movimento que traga mais recursos de que a educação precisa”.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), que faz seu 52º Congresso em Goiânia, propõe que 50% dos royalties sejam destinados aos gastos em educação para que atinja 10% do Produto Interno Bruto (PIB). O governo trabalha com o teto de 7% do Produto Interno Bruto (PIB), uma elevação de 2 pontos percentuais sobre o investimento atual. Segundo o ministro, o percentual viabiliza as metas que estão estabelecidas do PNE e corresponde a um acréscimo de R$ 80 bilhões anuais.

Haddad ressaltou, que mesmo que o investimento fique em 7% do PIB, em valores reais e absolutos, o gasto em educação crescerá. A projeção do ministro é que com a média de crescimento econômico anual de 4%, ao fim da década os investimentos em educação tenham subido 50% em relação a 2011.

Greve

Enquanto a votação do PNE aguarda o fim do recesso no Congresso, o ministro espera que os servidores das universidades federais voltem à negociação com o governo e terminem a greve que poderá atrapalhar a matrícula dos estudantes universitários no segundo semestre de 2011, a partir de agosto.

O ministro comentou que acha “um equívoco” a decisão dos servidores em manter a greve, contrariando a orientação do comando da categoria - quando “havia sinais claros do Ministério do Planejamento de voltar a discutir com prazos fixados”, segundo Haddad.


Fonte:
Agência Brasil



15/07/2011 10:56


Artigos Relacionados


Wellington Dias pede cautela com propostas que aumentem os gastos públicos

CARLOS PATROCÍNIO TEME QUE CORTES NA EDUCAÇÃO AUMENTEM A VIOLÊNCIA.

Ministério da Educação - Fernando Haddad

Haddad defende meta de 7% do PIB para educação

Investimento em educação ajuda a combater inflação, diz Haddad

Haddad destaca sucesso do Plano Nacional de Educação