Mensagens com indicação de três novos embaixadores estão na pauta da CRE
Em sua reunião na próxima quinta-feira (19), a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) deverá examinar três mensagens presidenciais indicando nomes de diplomatas para as embaixadas no Brasil no Azerbaijão, na Nova Zelândia e na Armênia.
A primeira mensagem em pauta indica Paulo Antonio Pereira Pinto para a República do Azerbaijão. O indicado é ministro de segunda classe da carreira de diplomata do quadro especial do Ministério das Relações Exteriores. Ele será o primeiro embaixador residente em Baku, capital daquele país, demonstrando o interesse crescente do Brasil em estreitar as relações bilaterais.
Em seu parecer sobre a indicação, o senador Almeida Lima (PMDB-SE) lembra que as relações entre os dois países no plano multilateral já são intensas, refletindo-se no apoio mútuo a candidaturas internacionais e na defesa de posições complementares em organismos multilaterais.
O senador cita relatório elaborado pelo Itamaraty, afirmando que o comércio entre os dois países ainda é escasso, mas conta com amplas perspectivas de ampliação, especialmente no tocante à cooperação nas áreas agrícola, bancária e de infraestrutura. O Azerbaijão é rico em petróleo e gás natural e recebe importante parte dos investimentos estrangeiros diretos.
A segunda mensagem presidencial a ser analisada pela CRE indica o nome da diplomata Renate Stille para o cargo de embaixadora do Brasil na Nova Zelândia. Ministra de segunda classe da carreira de diplomata do quadro do Itamaraty, a indicada foi embaixadora do Brasil em Yerevan, capital da Armênia.
Segundo o relatório do Itamaraty, as relações entre o Brasil e a Nova Zelândia se intensificaram depois que foram abertas a embaixada brasileira em Wellington, em 1997, e a embaixada da Nova Zelândia em Brasília, em 2001, mas a distância geográfica entre os dois países permanece um desafio para o maior aprofundamento do relacionamento bilateral.
O Itamaraty aponta os setores de agronegócio, ciência, tecnologia e educação como os mais promissores para a cooperação bilateral. O comércio entre os dois países vem crescendo nos últimos anos e é equilibrado, segundo análise do ministério. Nos dez últimos meses de 2008, o Brasil exportou US$ 69,6 milhões e importou US$ 71,2 milhões. Os principais produtos que o Brasil exporta são soja, suco de laranja, motores elétricos e café. A Nova Zelândia, por sua vez, vende principalmente maquinário agrícola, proteínas do leite e laticínios ao Brasil.
Armênia
A terceira mensagem presidencial indica o nome da diplomata de carreira Marcela Maria Nicodemos para chefiar a embaixada do Brasil em Yeravan. Ela é ministra de segunda classe da carreira de diplomata do quadro do Itamaraty e esse será seu primeiro posto de embaixadora. Desde 2006, vinha exercendo o cargo de ministra conselheira em Lima (Peru).
Em seu relatório, o Itamaraty aponta, como obstáculos para a intensificação do comércio entre Brasil e Armênia, as diferenças de escala das duas economias, a distância geográfica e as prioridades que cada país dá ao intercâmbio comercial com seus vizinhos e parceiros tradicionais. O Brasil exporta fumo, carnes e café e importa fibras sintéticas.
Apesar desses fatos, o Itamaraty cita a comunidade de descendentes de armênios - cerca de 40 mil residentes no Brasil -, como um fator relevante para desenvolver as relações entre os dois países. A Armênia já mantém um Consulado Geral em São Paulo desde 1998.
16/03/2009
Agência Senado
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