Mercadante aplaude visão estratégica da China e do Brasil de buscarem cooperação nuclear bilateral
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), aplaudiu a visão estratégica do Brasil e da China de negociarem um acordo de cooperação nuclear. Segundo ele, também nesse campo as economias dos dois países são complementares, com o Brasil sendo grande produtor de urânio e a China dominando a tecnologia de ponta no setor.
Mercadante fez questão de assinalar que a cooperação se dará, exclusivamente, no terreno dos usos pacíficos da energia nuclear. Ele lembrou que esse compromisso consta até da Constituição brasileira, sendo o país signatário dos Tratados de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e do Tratado de Tlatelcoco (México), que exigem renúncia total e completa a qualquer utilização bélica da energia nuclear.
Em função desses compromissos solenes do governo brasileiro, Mercadante disse estranhar que alguns setores da oposição estejam criticando o acordo de cooperação nuclear Brasil/China. Ele assinalou que o Brasil já assinou acordos desse tipo com Chile, Argentina, França, Itália e Estados Unidos. -Não é nenhuma novidade-, disse.
Segundo Mercadante, a posição do Brasil no mundo exige que o país amplie e diversifique sua cooperação com todos os países do mundo. Em relação à China, é grande o leque de oportunidades que a visita de Lula poderá abrir, observou.
O líder garantiu que o estreitamento de laços comerciais e de cooperação com a China não significa conflito com as relações privilegiadas que o Brasil mantém com os Estados Unidos, maior investidor e parceiro comercial. Para ele, relações mais estreitas entre a China e o Brasil irão se somar, harmonicamente, aos demais fluxos de negócios que o Brasil mantém com as outras nações do mundo.
25/05/2004
Agência Senado
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